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Três Lagoas, 25 de abril

Misto: tudo ou nada para 2017

Único time de futebol profissional da Costa Leste de MS pode ser rebaixado, amanhã, diante da torcida, no Madrugadão

Por Kelly Martins
02/04/2016 • 16h48
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O Misto parte, amanhã, às 15h, para os 90 minutos mais longos e penosos de sua história recente, quando entrar no gramado do estádio Madrugadão, em Três Lagoas, para sua última partida do ano, contra o Novoperário, pelo campeonato estadual da série A. Se perder a partida, o único time profissional de futebol da Costa Leste de Mato Groso do Sul será obrigado a disputar a série B em 2017. 

O adversário tem situação complicada porque não pode perder para escapar do rebaixamento.

Para entender melhor a matemática da situação, o torcedor nem precisa de calculadora. 

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O Misto tem 6 pontos ganhos - um abaixo do Serc, de Chapadão do Sul, que enfrenta o classificado Operário, em Campo Grande, também amanhã, no mesmo horário. O Novoperário, também tem 7 pontos.

Para não ser rebaixado automaticamente, o Misto depende de uma vitória,dos 3 pontos. Se empatar, terá de contar com uma derrota do Serc. O regulamento diz que duas equipes devem cair. O sexto colocado de cada grupo se salva.

O treinador João Marçal disse que o time entra em campo para vencer. “Sabemos das dificuldades e vamos procurar a vitória até o último minuto da partida”, disse. Nesta semana, Ademilson Pereira, o “Professor Flor”, assumiu como preparador físico da equipe.

SALÁRIOS
Não é difícil ao torcedor entender as razões que levaram o Misto a esta situação. Num retrospecto simplificado aparecem a indefinição na montagem da equipe, no início do ano; a desastrada negociação com uma empresa que seria gestora da equipe, inclusive com patrocinadores “de peso”, mas que deixou contas de prestadores de serviço e jogadores sem pagar - caso denunciado como golpe à Polícia Civil - e a inusitada transferência para Três Lagoas de uma equipe inteira, que desistiu do campeonato por falta de dinheiro.

No resumo, some-se desentendimentos entre dirigentes, falta de patrocinadores e a baixa qualidade técnica da equipe, além da troca de treinador na segunda rodada da competição, com resultados negativos previsíveis.

Por último, jogadores ficaram quase dois meses sem receber salários e demonstraram sua insatisfação ao país, num protesto inusitado, ao se negarem a jogar, sentados no gramado. Foi durante a realização de um “restinho” de jogo, contra o Comercial, em casa, disputado porque a iluminação do estádio pifou durante a partida da tabela, disputada numa quarta-feira à noite.

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