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Três Lagoas, 28 de março

Polícia em MS recebe terceiro lote de carros "repatriados" para o Brasil

Novo carregamento totaliza 37 veículos repatriados, diz delegada

Por Redação
14/03/2013 • 09h02
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A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul recebeu, nesta quarta-feira (13), o terceiro lote de veículos repatriados da Bolívia. Com o novo carregamento, de nove unidades, são 37 carros que estão no pátio da Delegacia de Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (Defurv) em Campo Grande.

No dia 2 de março, o primeiro lote, com dez veículos, chegou de Corumbá, foi levado para o pátio da Defurv e passou pela perícia. O segundo lote ainda aguarda análise. A delegada titular da Defurv, Maria de Lourdes Cano, informou que entrou em contato com alguns proprietários, sem precisar quantos. Até agora, nenhum veículo foi devolvido ao dono.

Veículos roubados ou furtados no Brasil e levados para a Bolívia começaram a voltar ao país no dia 27 de fevereiro, entregues pelo governo do país vizinho. Ao todo são 493 automóveis e, destes, 70 pertencem a seguradoras. O repatriamento é resultado de uma negociação que começou há dois anos, quando o governo da Bolívia aprovou um documento para regularizar a frota que circulava sem documentação.

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A perícia é o primeiro passo para identificar a situação do veículo para, em seguida, localizar os donos. Conforme Maria de Lourdes, o trabalho, que ela definiu como “à parte”, tem sido ágil. “As perícias estão agendadas. O primeiro lote já foi feito e agora aguarda o segundo. A delegacia tem recebido ligações de todo país e se coloca à disposição para esclarecimento de dúvidas”, afirmou.

Perícia

O coordenador adjunto de perícias do estado, Alberto Dias Terra, explicou quais são os procedimentos em relação aos carros repatriados da Bolívia. Segundo ele, o núcleo de identificação de veículos, do Instituto de Criminalista de Mato Grosso do Sul, tem três peritos destacados para o exame dos automóveis. “A informação que eu tenho é que vão ser periciados [por policiais do núcleo] apenas os veículos do estado [origem]”, disse.

“No caso dos veículos de fora [outros estados] os proprietários e seguradoras seriam acionados, cautelados para ter uma licença de trânsito. No município de origem do registro [furto e roubo] tem que se apresentar [dono do carro] à delegacia para requerer a perícia”, completa.

A identificação da origem do veículo consiste na verificação do registro de ocorrência de roubo e furto lançado no sistema nacional de Renavan por meio do número do chassi. Geralmente, este procedimento leva em torno de 30 minutos a uma hora, explica o coordenador.

O principal trabalho dos policiais é tentar identificar se há adulteração nos sinais identificadores do automóvel como as gravações nos vidros, selos de segurança e o chassi, além de outras modificações como troca do motor. O procedimento em si, conforme Alberto, também é ágil.  Apenas em caso de adulteração comprovada, explica, é que o trabalho é mais complexo. “Aí faz o exame químico para tentar descobrir a gravação original (chassi), o que pode ser mais demorado”.

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