RÁDIOS
Três Lagoas, 26 de abril

Revisão de Plano Diretor ‘ressuscita’ projeto de Parque Linear no centro

Autor de ideia de transformação de áreas da antiga ferrovia em espaços para lazer e cultura defende investimento

Por Ana Cristina Santos
29/10/2016 • 11h54
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A área que pertencia a antiga ferrovia, no perímetro urbano de Três Lagoas, pode ser transformada em Parque Linear - um complexo urbano de atividades sociais, culturais, de recreação e lazer. O custo para executar os investimentos, na área central da cidade, seria de R$ 35 milhões. Para a construção de uma avenida ao longo da ferrovia, entre outras benfeitorias, seriam necessários mais R$ 40 milhões.

O projeto foi elaborado em 2013 por um grupo liderado pelo arquiteto e urbanista Ângelo Marcos Vieira de Arruda, professor e coordenador do Observatório de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal (UFMS) a pedido da prefeita Márcia Moura (PMDB). A proposta começou a ser discutida, em 2011, durante a revisão do Plano Diretor.

Mas, ficou parada devido à falta de dinheiro e porque o município não recebeu da União a posse do terreno. No entanto, agora, com os planos Diretor Participativo, Três Lagoas Sustentável e de Mobilidade Urbana, em fase de discussão e elaboração, e que preveem a preservação da área, o projeto foi apresentado ao Conselho Municipal de Turismo durante reunião realizada nesta quinta-feira (27), no Sebrae.

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O parque é apontado como solução para a mobilidade urbana e melhora da qualidade de vida de moradores, que terão espaço para a prática de diversas atividades.  O complexo, instalado no polígono formado pelas avenidas Rosário Congro Clodoaldo Garcia, a rua João Dantas Filgueiras, e atravessa as ruas Aderaldo Bonfim, Coronel  Lima Figueiredo e Alexandre Abrão, em área de 28,6 hectares. Nesse espaço, a intervenção formal é de 13 hectares porque existem áreas privadas de ferroviários, excluídas do projeto.

No espaço estão estação, o armazém, oficinas e áreas livres e emblemáticas para a cidade, como o parque de eucaliptos. A ideia do projeto é “aliar atributos de lazer, cultura, desporto, recreação, cidadania, história e patrimônio cultural”.
O arquiteto ressalta ainda que o complexo configura um espaço urbano importante para a história da cidade “com prédios que, quando restaurados e com novo uso, vão contribuir para melhor utilização, como prática de atividades de caminhada, com ciclovias e atividades lúdicas e elementos esculturais que marquem a área”.

“O estudo que fizemos com a empresa MOB Arquitetos, de Campo Grande, e com o arquiteto Fayez José Rizk, que já trabalhou em Três Lagoas, é de permitir que haja uma multiplicidade de usos, partindo da rodovia BR-262, no Jardim Imperial, até o centro. Essa área seria utilizada para o ciclismo, esporte, e pode ser utilizada para um VLT [Veículo Leve Sobre Trilhos]  para transportar pessoas. Na área central seria criado esse parque - um dos maiores de Mato Grosso do Sul - para turismo, lazer  cultura, feira, exposições, museu, e para a instalação de um prédio para prefeitura” destacou Arruda.

Como a recuperação e preservação da área estão previstas nos planos Diretor Participativo e no Três Lagoas Sustentável, o arquiteto que foi contratado pela Fapec para elaborar o Plano de Mobilidade Urbana de Três Lagoas, considera esse o “momento certo” de apresentar o projeto do parque à sociedade. Para Arruda, “esse é o momento de juntar forças e tentar executar esse projeto, principalmente pelo fato da cidade ter uma nova gestão no próximo ano”.

Ainda de acordo com o arquiteto, a avenida que deve seguir o traçado ferroviário que corta a cidade, resolveria problemas de mobilidade urbana, prejudicado por um aumento de fluxo de veículos e pessoas devido a novas urbanizações, como os conjuntos habitacionais Novo Oeste e Orestinho

Arquiteto Ângelo Arruda apresenta projeto do Parque Linear aos membros do Conselho Municipal de Turismo 

 

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