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Três Lagoas, 25 de abril

UFMS pode suspender greve na segunda-feira

Nesta semana, professores retomaram as aulas para os alunos dos últimos anos

Por Danilo Fiuza
13/09/2012 • 10h19
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 Professores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), do campus de Três Lagoas decidirão, na próxima segunda-feira, dia 17, pela manutenção ou suspensão da greve. Conforme o professor de História, Vitor Wagner Neto de Oliveira, líder do movimento em Três Lagoas, em assembleia realizada na terça-feira, a classe aprovou o retorno das alulas.“Existe um indicativo para suspender a greve de forma unificada no dia 17. Deliberamos sobre essa possibilidade em Três Lagoas e, por conta da dificuldade em negociar com o parlamento,os professores optaram pela volta às aulas”. Entretanto, a decisão final será anunciada na próxima semana, após análise do quadro geral da paralisação em todo o Brasil. “Começamos a greve de forma unificada e, por tempo indeterminado, queremos suspendê-la da mesma maneira”, completou.

NEGOCIAÇÕES
No dia 3 de agosto, o governo federal apresentou sua última proposta, que não atendeu aos anseios da classe. “Em nenhum momento, a União discutiu as questões referentes às melhores condições de trabalho e plano de cargos e carreiras, que deveria ser negociado com o MEC [Ministério da Educação], e não com o Ministério do Planejamento, que só visou à tabela salarial”, disse Oliveira. As portas para qualquer tipo de negociação com o governo federal foram fechadas definitivamente no dia 31 de agosto, quando a União encaminhou à Câmara de Deputados o Orçamento Geral da União para 2013.
No campus de Três Lagoas, são aproximadamente 120 professores que suspenderam as aulas em protesto à falta de investimentos por parte do governo federal. Apenas trabalhos como orientações de bolsas e programas de estágios foram mantidos.
LIMINAR
Em Mato Grosso do Sul, a greve dos professores universitários federais já completou 83 dias. Nesta semana, os professores tiveram de retomar as aulas para os alunos dos últimos anos. O retorno parcial atende a uma liminar da Justiça Federal, que estabeleceu o prazo do retorno às aulas para a quinta-feira passada. Conforme Oliveira, o movimento grevista está recorrendo judicialmente para suspender a liminar impetrada pelo Ministério Público Federal. Em nota, o professor informou: “Quando do início do movimento grevista no Campus de Três Lagoas, em 12 de junho, o Comando Local solicitou à Reitoria e à Direção de Campus a indicação das atividades essenciais que não poderiam ser paralisadas. Ao não receber respostas a essa solicitação, definiu-se em assembleia as atividades essenciais. Portanto, discordamos da ação movida que tenta forçar o retorno às aulas apesar do calendário acadêmico se encontrar, no presente momento, suspenso. Isso significa, dentre outras coisas, que não temos nenhum aluno matriculado no último semestre de qualquer curso”.
Retornaram às aulas apenas os alunos do 7º semestre, no caso dos cursos com até quatro anos, e do 9º semestre, para os cursos com duração de cinco anos.
 

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