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Vem aí uma nova Eldorado ?

Por Da redação
17/06/2017 • 14h27
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Arauco. Se nenhuma outra grande empresa fizer uma oferta melhor, é provável que essa marca passe a fazer parte da rotina da nossa cidade. Arauco é o nome de uma empresa chilena que está disposta a comprar por R$ 11 bilhões, a Eldorado Brasil, fábrica de celulose que opera aqui em Três Lagoas. O negócio ainda está na fase inicial, mas o mercado financeiro já dá como certa a possibilidade da venda. A pergunta que muitos estão fazendo é se essa negociação será boa para o município?

A julgar pelos inúmeros problemas envolvendo a J&F, controladora da Eldorado Brasil, é provável que a transferência de comando possa sim ser benéfica. Desde que os escândalos e as operações policiais começaram a ganhar forma e que envolveram o nome dos diretores do Grupo controlador da Companhia, os investimentos foram paralisados e o projeto de expansão que tanta expectativa positiva gerou, acabou sendo paralisado, adiado e novamente adiado. 

Para uma cidade crescer e se desenvolver, ela precisa de investimentos constantes. São esses investimentos que geram boas perspectivas, emprego e renda. Além disso, todo projeto expansionista atrai novas empresas que por sua vez geram novas oportunidades. A Eldorado teve todos os seus investimentos travados, paralisados e isso gerou incertezas, angustia e é claro, preocupações. 
A venda da Eldorado pode sim ser positiva para a economia local. Além da Arauco, a Suzano papéis e a Votorantim, controladora da Fibria, também manifestaram interesse em conhecer os números positivos e negativos que envolvem a Eldorado. E é nesse silêncio abissal, que os negócios bilionários ganham forma. Os irmãos Batista decidiram que precisam focar suas atividades no ramo de proteína e vão vender diversas empresas que integram o Grupo J&F. A Eldorado está na lista.

Como que num jogo de xadrez, esse é um negócio que atrai a atenção de investidores do mundo todo. Nos próximos dias novas informações sobre o destino da Eldorado vão ganhar destaque na imprensa. As empresas não costumam se pronunciar sobre as conversações que fazem nem divulgam dados. O que a imprensa tem feito é buscar informações com especialistas no assunto e, é claro, apurar de forma responsável as verdades sobre o assunto. Para Três Lagoas não importa o valor nem o nome da compradora. Não importa também se a Eldorado continuar Eldorado. O que todos na cidade esperam é que a fábrica cresça, se consolide, gere mais empregos, desenvolvimento e promova as transformações econômicas e sociais que tanto se espera de uma empresa de tamanha importância para o país.

Além da Eldorado o que esperamos é que o governo e a justiça definam de uma vez por todas qual será o destino da fábrica de fertilizantes nitrogenados UFN-3. Recentemente a justiça liberou os entraves jurídicos que atrapalharam a Petrobras de se desfazer do projeto. A estatal anunciou que não deseja mais atuar no ramo de fertilizantes. Esse assunto é de grande importância também para Três Lagoas já que estamos falando de uma obra que já consumiu mais de R$ 3 bilhões e está abandonada. Ao completar 102 anos de fundação, talvez tenha chegado a hora da capital nacional da celulose receber de presente notícias geradoras de novas oportunidades. A retomada dos investimentos podem fortalecer ainda mais a imagem da cidade que ganha destaque no país como a que puxa fila da geração de postos de trabalho. 

Se tudo o que estamos vendo ser divulgado realmente ganhar corpo e  sair do papel, muito provavelmente testemunharemos em breve o surgimento de uma nova Eldorado. E se mudar faz bem, então que isso possa acontecer logo e de forma a promover tranquilidade e equilibrio na cidade que se prepara para continuar recebendo empresas e empresários de qualquer nacionalidade. O que desejamos é continuar gerando boas notícias ao país.

 

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