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Observatório - 20 de Março de 2013

Por Redação
20/03/2013 • 08h19
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PONTA DE FACA
O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) manifestou a crença de que a comissão temporária instalada no Congresso para discutir o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) será capaz de favorecer um horizonte satisfatório. Moka pode estar redondamente enganado. Embora seja médico, fora do consultório há pelo menos 25 anos, Moka não se atentou para a constatação, sobejamente majoritária, de que na saúde, quanto mais de injetam recursos, mais poder de absorção o setor terá.


IMAGEM ARRANHADA
Por falar na classe médica, de uns dias para cá o noticiário tem trazido informações sobre maus profissionais e envolvimento da categoria em atos de corrupção e desvios de dinheiro público. O caso dos dedos de silicone foram os mais escandalosos dos últimos dias. 

Ontem, membro da diretoria de um hospital e seu primo, advogado, praticamente comemoraram a prisão, mais tarde relaxada mediante o pagamento de polpuda fiança, arbitrada pelo valor que daria para comprar um carro de passeio. Será que a classe médica está condenada a ser arranhada por ações dos maus profissionais?  

IMAGEM ARRANHADA 2
E por falar em imagem, vereadores começam a se desgastar com besteiróis legislativos. Ontem, foi mostrada neste espaço a tentativa de um vereador de assumir a paternidade de um projeto de órgão federal, fugindo até à sua atribuição parlamentar, como se brincasse com a inteligência do povo, ajudado pela assessoria que patenteou a ignorância ao mencionar autoridade demitida do posto há mais de um ano.

PROSELITISMO
O governador André Puccinelli fez pronunciamento ontem na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado um tanto quanto ininteligível. Apontou as perdas com a redução da alíquota, mas não mostrou quanto o Estado ganha cobrando menos ICMS. Ele defende a alíquota de 17%, no mínimo 12%, e ainda aposta na captação de empréstimos para tocar obras de infraestrutura. Faltou a comparação de quanto o Estado perde reduzindo tarifas e quanto ganha cobrando menos impostos. É evidente que uma carga tributária menor é mais estimulante do que um pacote de bondades provisório, inseguro e, por vezes, até inconstitucional.

MUDA, SURDA E CEGA
A propósito da análise sobre carga tributária, renúncia fiscal e incentivo, é de se estranhar o silêncio sepulcral dos nossos deputados estaduais sobre cenários atual e futuro da economia. A quem servem, afinal, os parlamentares estaduais? A Assembleia está, como se pode ver, mais subserviente do que nunca ao Poder Executivo. Não há nenhum questionamento e nenhuma análise abalizada dos deputados estaduais, sequer estudo mostrando as questões econômicas do Estado. Gasta-se dinheiro com projetos medíocres, sem nenhum estudo aprofundado sobre o futuro. 

VENTO EM “POLPA”
A análise de economista hoje, na página 6, mostra que o conglomerado de celulose está de “vento em polpa”, diante do crescimento do mercado interno para a produção que, até no ano passado, estava destinada quase que 100% ao mercado externo.

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