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31 de dezembro, Dia de Celebração!

Por Redação
31/12/2008 • 05h58
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 Num passado recente, alguém já cantou que ... hoje é dia de festa, todos vão se encontrar, toda dor, todo pranto, hoje vão se acabar ....
E hoje, 31 de dezembro, é esse dia, de festa, de celebração, de cantar parabéns a seu ilustre aniversariante, de mitificação da própria vida, justamente no instante que um ciclo se finda, dando lugar a outro que, igualmente, inicia-se para, ao depois, nova e teimosamente, findar-se - e assim por diante.
É dia de profetizar a própria sorte e de nela se lançar, de alinhavar o futuro entrelaçando as mãos como que fazendo suas linhas serem o prolongamento umas das outras.
É dia de trajar branco, de contar em voz alta os minutos, os segundos finais, arrancar do cacho três bagosde uva, colocar lentilhas nos bolsos, subir na cadeira, lançar três desejos, até mais(ou mesmo esquecê-los !),
fazer juras de amor, alçar planos de vôo para um futuro logo ali e, após os seis estampidos de uma arma de fogo deflagrados pelos dedos de uma mulher ou os estrondos de fogos de artifício, o amanhã já se traveste de presente e tudo o que acabou de passar é história, é estático, é acrílico, guardado na redoma da memória daqueles que ainda não se foram ou de um chip de uma máquina fotográfica digital.
Não por acaso é o último dia ano, mas não do resto de nossas vidas. É dia de alegria, de comunhão, de olhar para o céu, ainda que sob os pingos da chuva, e descortinar um amanhecer sem igual, com nuvens desenhando exércitos de anjos, arcanjos e querubins que vêm anunciar a boa nova.  
É dia de amor, de amar os amores que nos cercam, de amar os que de nós se despediram há pouco, num breve até logo, mas que dentro de nossos corações e espírito ainda vivem e sempre viverão.
Não é dia de tristeza, é de saudade, de lágrimas que confirmam que nosso futuro não é como retas paralelas, mas como um ponto pelo qual infinitas retas se cruzam, emaranhando nossas vidas passadas, presentes e, felizmente, futuras, além de outras.          
  E por mais que palmilhe os caminhos tortuosos dos segredos da existência, hoje, 31 de dezembro, não é só “reveillon”, só festa, promessas, sonhos, lágrimas, risos; é mais, é além, é acima, é infinita, desmedida e
exageradamente belo, pois  foi,  “é” e por todo o sempre será o aniversário de meu “Pai”, “Avô” de meu filho,
especialmente quando completa seus 80 anos de vida. 
Quando hoje, em festa, estiverem todos reunidos e lançarem seus pedidos, profetizem e valorizem o privilégio
da convivência terrena,  presente mais valioso ofertado por aqueles que nos deixam sem se despedirem.   
Convido a todos, em suas orações, como num uníssono coro, que cantemos a meu Pai, Juarez Mancini, o primeiro Parabéns Pra Você de sua novel vida.
Hoje é um dia, como diria ele,  ... batuta, bicharedo ! .... E o ontem, ...foi pros quiabos!....
Despeço-me, pedindo sua bênção.

Julio Cesar Cestari Mancini é colaborador do Jornal do Povo

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