O Lendário de Três Lagoas partiu, deixando para trás um rastro de saudades.
Juarez, nasceste para escrever, por isto foste indicado para Academia Maçônica de Letras do Estado de Mato Grosso do Sul, onde foste acolhido para ser imortalizado, por unanimidade.
Como maçom, todos te admiravam. Tua eloqüência na oratória nos transmitia conhecimentos. Nas suas “Lendas”, descrevia com carinho as façanhas fantásticas dos entes queridos que formaram os pilares para soerguimento desta cidade. Seu valioso trabalho era recebido pelos familiares e amigos como néctar que alimenta a alma. Acreditamos que os familiares dos homenageados na coluna “Lendas”, onde reviveu, recordou as asperezas, os obstáculos, as doces façanhas na luta do bem comum, narradas pelo” Jornal do Povo “devem ter guardado com carinho, esse precioso exemplar, que ainda, no futuro, será comentado..
Cada trabalho no presente era preciso conhecer o passado. Dele que se tirava a lenda. Não era a lenda fantástica nem as lendas dos santos, dos deuses, é a lenda da vida cotidiana, da vida real do vulto que nos legou este recanto.
Disseste na tua posse na Academia: Estavas adentrando numa “ Escola de Espírito “ e achava que o vôo seria demasiado alto, para uma ave das planícies. – Não Irmão Juarez, foste modesto nas tuas palavras, entraste lá como um Condor, tuas asas foram moldadas para vôos de grandes alturas. Lembra - te, encerraste as tuas palavras de posse na Academia: Morrer não é nada! É acabar de nascer para a vida eterna! É fechar os olhos para ver melhor, são também nossos pensamentos. Temos que elogiar a tua companheira, nossa querida Josefina, ela também te dava inspiração e carinho para essa difícil jornada. Quando o seu corpo estava sendo velado, me disse: Isso não estava no programa. Termo de grandeza de quem perde um ente querido. Essa coluna vai ficar vazia, até que apareça outro Juarez Mancini.
Irman Ferraz Corrêa é Membro da Academia Maçônica de Letras do MS
