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Bolsa boato

Por Redação
28/05/2013 • 09h18
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Recentemente vimos pelos principais noticiários do país uma multidão indo até as agências bancárias principalmente na região nordeste do país, pelos mais variados motivos, em busca do pagamento dos programas sociais, sobretudo o Bolsa Família, do qual estão inscritos.

A onda de boato foi tão forte que fez com que muitos acreditassem que o Programa iria acabar e outros acreditaram que o Programa estava com uma bonificação para as mães pela passagem do seu dia, recém-comemorado.

Tudo isso fez com que milhares de pessoas corressem para as agências oficiais ao mesmo tempo, não respeitando o calendário programado de pagamento e, consequentemente, houve tumulto, empurra-empurra, depredação das agências e até mesmo atos de vandalismo motivados pela frustração em perceber que não tinha nada para eles fora da data legal do pagamento.

De qualquer forma isso nos alerta para o perigo dos boatos quando estes interferem na dinâmica do dia a dia das pessoas e na própria dinâmica do Estado que teve que intervir fazendo liberações de pagamentos antecipado durante todo o final de semana subsequente para evitar males maiores.

Temos visto, ultimamente, principalmente nas redes sociais, uma chuva de informações preconceituosas e que muitas vezes são compartilhadas aos montes por pessoas que desconhecem as verdadeiras informações, sobre os programas sociais adotados pelo governo federal como políticas públicas de inclusão e contra a miséria em nosso país. Com isso, algumas pessoas acabam reproduzindo o que a grande mídia quer.

Esses programas não são meramente assistencialistas como pensam alguns. Esses programas incluem pessoas, fomenta o comércio local e que tem como consequência, a geração de empregos, não só no comércio, mas nas próprias indústrias que produzem os alimentos consumidos.

O comércio vendendo mais, paga também mais impostos para as prefeituras que os aplicam em benfeitorias para a própria população. No caso do programa Bolsa Família, exige-se que as crianças das famílias beneficiadas sejam matriculas em escolas e tenham seus rendimentos acompanhados de perto pela equipe das prefeituras locais que fazem a seleção das famílias. Exige-se também que os menores tenham um acompanhamento na evolução do desenvolvimento do crescimento e uma atenção toda especial é dada à saúde delas para que não deixem de participar de todas as campanhas de vacinação do calendário nacional.

Isso tudo, ao contrário do fracasso desejado pelos pessimistas de plantão e por uma oposição que sempre governou para as elites conservadoras do nosso país por mais de quinhentos anos, faz com que almejamos a tão sonhada construção de uma nação sem miséria e sem fome, sonhada, desejada e buscada por muitos ao longo dos anos.

Talvez os referidos pessimistas não vêm o quanto nosso país cresceu economicamente e também não vêm que hoje não precisamos mais esperar o bolo crescer para que seja dividido. Hoje, ao mesmo tempo em que nosso país vai crescendo, nós podemos ter acesso às riquezas geradas por esse crescimento.

Então, é preciso que haja um compromisso de todos para que se concretize esse sonho de termos uma nação soberana, não só na economia mas no acesso aos bens de consumos e principalmente aos alimentos.

*Silas Fauzi é professor e militante social

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