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Como superar o fracasso e recomeçar?

Por Lucas Fonseca
30/06/2018 • 14h25
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O termo fracasso, por si só, já causa arrepio em muita gente. Fracassar é algo que gera temor, vergonha, tristeza e até revolta. Contudo, antes de se recolher sob esse rótulo, é preciso analisar friamente a situação em que julgamos ser fracassada. Muitas vezes, uma perda, de qualquer ordem, pode ser interpretada como um livramento. Assim como um prejuízo pode significar um belo aprendizado, daqueles que a gente vai carregar como lição para a vida toda. 
Não podemos mudar o passado, mas podemos dar um novo sentido a ele. Aliás, é bem mais inteligente fazer isso do que ficar se remoendo, punindo ou lastimando sobre algo que já foi. Todos os dias quando acordamos, ganhamos um “presente”, que é estar vivo. Se formos capazes de acreditar em nós mesmos, investir em nossos sonhos, certamente o universo tenderá a conspirar a nosso favor. Não é simples ou fácil, mas é poderoso.
 Eu mesmo sou um bom exemplo de que é possível dar a volta por cima, ressignificar o nosso passado e escrever um novo futuro. Nasci numa pequena cidade no interior do Espírito Santo. Só conheci energia elétrica quando tinha 14 anos. Fui alfabetizado numa escola rural e só retomei os meus estudos, em supletivo, aos 16 anos de idade. Eu poderia me sentir um fracassado, uma vítima do mundo, da sociedade. Mas não, rompi com o ciclo do “coitadismo”, arregacei as mangas e fiz o melhor que pude com o que a vida que tinha. Iniciei meus estudos e, até a universidade, que parecia um sonho tão distante para alguém com a minha história, eu consegui concretizar.
 Me apaixonei pelas pessoas e pelo potencial transformador que cada uma tem dentro de si. Uma noite sonhei com um treinamento capaz de transformar pessoas, fazer com que elas vissem o que é realmente importante e pudessem ir atrás das melhores versões de si mesmas. Assim nasceu o MAP - Mindset de Alta Performance, que vem ganhando cada vez mais adeptos. Meu objetivo é fazer com que todos descubram o vencedor que há dentro de si. 
 Infelizmente, a nossa cultura prega a felicidade contínua. Como se a dor devesse ser evitada a qualquer custo. Todos nós temos a nossa cobertinha da amargura. Precisamos nos recolher embaixo dela, permitindo-nos sentir a dor, experimentá-la, em vez de simplesmente fingir que ela não existe. É preciso ser honesto com os seus próprios sentimentos. E entender que, por pior que seja, tudo vai passar. E passa mesmo. Vivemos num mundo regido pela lei da impermanência. Nada é para sempre. Tudo está sempre em transformação.
*É palestrante motivacional.

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