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Desemprego estável em outubro

Por Redação
21/11/2008 • 07h00
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A Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, divulgada na quarta-feira (19), referente ao mês de outubro, indica que a crise ainda não afetara o emprego nesse mês, mas, além disso, fornece informações interessantes sobre os rendimentos dos trabalhadores.

A taxa de desocupação (proporção de pessoas desocupadas em relação à população economicamente ativa) apresentou ligeira redução, de 7,6%, em setembro, para 7,5%, no mês da pesquisa. Isso no quadro de uma população ativa estável, mostrando que a atividade econômica, até o mês passado, não foi afetada pela crise, situação que poderá ser outra em novembro. A população economicamente ativa, com carteira assinada, cresceu 1,9% em relação a setembro e 7,3% sobre o mesmo mês do ano anterior. Isso é bom para as contas da Previdência Social, pois aumenta o número de contribuintes, mas, no futuro, significa maiores despesas.

No período de final do ano as empresas comerciais fazem contratações temporárias, de modo que se pode estimar que o desemprego deve permanecer em torno de 7%, situação que os países industrializados olham com inveja no momento.

Os resultados da pesquisa por grupos de atividade mostram que apenas os setores de educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (que, no conjunto, representam 16,1% da população ativa) tiveram crescimento de 3,1% no mês e de 6,0% no ano - os outros setores apresentaram estabilidade.

Esses dados merecem ser cotejados com os de rendimentos. A renda média real, em outubro, ficou em R$ 1.258,20, apresentando queda de 1,3% em relação ao mês anterior - reflexo do aumento da inflação -, mas aumento de 4,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, o que explica o crescimento da demanda doméstica ao longo do ano. Em São Paulo que o rendimento médio é o mais elevado (R$ 1.369,40).

Roberto Macedo

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