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Editorial: A transparência diz tudo

Por Redação
29/07/2017 • 10h17
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Impressionante como alguns políticos entregam suas vidas e, movidos puramente por interesses pessoais e financeiros, se deixam levar por “mentores” viciados em elaborar e executar fraudes amadoras, corriqueiras e que, em muitas cidades brasileiras, acabam por mandar para a cadeia centenas de políticos todos os anos. Práticas criminosas, nocivas e condenáveis ainda são um mau que precisa ser combatido e erradicado da política nacional. Cabe ao cidadão, à imprensa e a homens comprometidos com um Brasil melhor, participar ativamente desse processo de transformação. 
Apesar dos escândalos de corrupção que vemos ganhar destaque diariamente na imprensa e de perceber que a roubalheira é generalizada, ainda estamos convivendo com o crime, desvios e com a corrupção, bem debaixo de nossos olhos. Isso tudo, infelizmente ainda vem causando sérios prejuízos ao cidadão. O problema é que a maioria dos brasileiros ainda não aprendeu a ler o que é publicado nos sites oficiais das Câmaras municipais e das prefeituras. Os que aprenderam a ler, se interessam pouco pelos mecanismos utilizados pelos que se consideram “experts” na arte dos dribles que quase sempre dão certo e permitem que políticos reforcem seus ganhos mensais utilizando os benefícios das diárias. O problema, para esses, é que sempre tem aqueles que conhecem os caminhos e acabam se interessando pela destinação que costumam dar ao dinheiro do povo. 
Nosso país, nosso Estado e a cidade onde moramos ainda abriga muitos homens públicos que se consideram profissionais da política. São agentes promotores de prejuízos, causadores de dor e agentes de atraso. Enquanto saqueiam os cofres públicos, assistem festejando, a desgraça do cidadão de bem. Quando podem, dividem um pouco dos recursos públicos com o cidadão e isso geralmente se dá em ocasiões onde o pão e circo ganha forma. Afinal, é preciso divulgar bem e amplamente as “boas intenções”. 
O vício de enganar o povo em tempos de leis rígidas e punições severas precisa ser levado mais a sério pelos homens que administram recursos públicos. Ainda mais quando esses sabem que no brasil da lava-jato, de redes sociais e de tecnologias,  ninguém está impune. Até porque, como dizem os internautas: Deus até que perdoa, mas a internet não. Assim, é bom não ficar muito tempo off-line. As surpresas nesse novo cenário podem ganhar corpo numa velocidade assustadora. Até porque, hoje em dia a transparência diz tudo. Só não vê quem ainda não aprendeu a ler com atenção.
A administração pública tem sido alvo de controvérsias a respeito da transparência de seus atos. Em países democráticos, a transparência superficial - não tanto pela dotação de recursos, mas pela sua aplicabilidade - se transforma em fator altamente questionável pela sociedade, o que, em muitos casos, tornam ocultas as informações da gestão pública, comprometendo a credibilidade sobre a assertiva desses atos. 
A cobrança da sociedade por visibilidade está vinculada à necessidade de abrir acesso ao conteúdo informacional dos atos e gastos efetivados pelas instituições públicas. O conhecimento pleno daqueles atos, por si só, não atende às expectativas do cidadão, que, também, exige qualidade e agilidade no processo de divulgação dos atos. Uma sociedade participativa consciente da atuação dos seus representados desempenha, de forma mais satisfatória, o exercício da democracia quando tem o livre arbítrio de opinar e fiscalizar os gastos públicos. Fraudes e atos de corrupção encontram oportunidades propícias para propagação em ambientes nos quais a gestão pública pode escamotear informações por julgá-las impróprias para o acesso generalizado. No Brasil, a Lei de Acesso à Informação, nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, busca tornar menos obscuro o conhecimento da informação por parte dos cidadãos, no que se refere à forma como os nossos recursos públicos são administrados. 
O acesso da sociedade a informações referentes à administração das receitas públicas permite que se verifique se os gastos estão sendo utilizados adequadamente, atendendo aos interesses coletivos. Isso é um direito do cidadão e não um favor que a classe política presta a sociedade.

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