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O saco sem fundo da ajuda do governo americano

Por Redação
27/11/2008 • 08h30
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As cifras dos planos de salvamento do governo americano para a economia tornaram-se ainda maiores na terça-feira (25), com o anúncio de que mais US$ 800 bilhões serão injetados nos mercados de crédito. O Fed (banco central americano) deve bancar a maior parte desse valor. Com isso, a instituição se torna “um agente financeiro em quase todos os cantos da vida americana”. Desse montante, US$ 600 bilhões servirão para cobrir dívidas emitidas ou garantidas por empresas do setor de crédito imobiliário, como as gigantes Fannie Mae e Freddie Mac. Os outros US$ 200 bilhões vão para financiar investidores na compra de títulos de dívida vinculados a créditos estudantis, automobilísticos e de cartões. O WSJ traz um gráfico com todos os pacotes já anunciados pelo governo americano desde o início da crise. A soma já passa de US$ 2 trilhões, mais do que o PIB nominal do Brasil em 2007, que ficou em US$ 1,3 trilhão. Qual é o fundo do saco de dinheiro do Fed?
Na onda dos pacotes de salvamento, a União Européia também anunciou ontem um conjunto de medidas para estimular os investimentos na indústria e a recuperação dos níveis de consumo dentro do bloco, que passa pela primeira recessão desde que o Euro foi adotado como moeda comum. Uma das propostas é ampliar para € 55 bilhões a € 60 bilhões os recursos de empréstimos do Banco Europeu de Investimentos entre 2009 e 2010. A idéia é incentivar principalmente os setores automotivo e da construção civil, os mais afetados pela crise.


Juliano Machado é jornalista

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