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OPINIÃO

Três Sugestões

Por Redação
05/04/2013 • 09h38
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...para bem pensar. Há um adágio popular que diz que é vivendo que se aprende a viver. Há outro, também de cidadania, que é votando que se aprende a votar. Isto veio à memória nesse domingo aqui nesta bucólica e prosaica Brasília, tão turbulenta, provocante pelas discórdias políticas na semana das segundas às quintas-feiras. De sexta a domingo para os que daqui não são residentes permanentes, transcorrem como se estivessem num monastério.

Pois foi nesse ambiente monástico, entre a leitura de John Grisham, jornais e revistas, me lembrei de três conselhos ouvidos no curso de minha existência. Vieram-nos de três personalidades, duas já falecidas das quais tenho lembrança carinhosa, e uma dessa atualidade buliçosa. A primeira do Senador José Fragelli, que considero, hoje mais do que ontem, um estadista desta República, não só pela sua estatura de homem público, como pela sua visão quase profética da evolução política do país e dos perigos que correm se o mantiverem nessa marcha para o abismo. Lá no longínquo ano de 1978, ambos hospedados num hotel em Cassilândia, leste de Mato Grosso do Sul, durante campanha eleitoral, eis que no momento que iniciava a minha higiene bucal colocando o creme dentifrício ao longo ao longo das cerdas da escova, Fragelli chamou minha atenção pelo excesso do creme nelas aposto, quando um terço dele seria necessário. Tinha razão, daí pra frente pratiquei a sugestão como um ato exemplar de economia. Valeu.

A outra veio do Padre Thomas Ghirardelli, sacerdote salesiano, na minha concepção católica, um santo, por sua profunda obra apostólica. Dele ouvi uma preleção sobre o respeito que se deve observar quando presente num templo religioso. Não só atenção como lá se postar, com trajes adequados, sem roupas quase sumárias esportivas ou expondo aberturas em suas vestimentas como se estivesse ou numa quadra de esportes ou numa reunião social. Infelizmente tais costumes cada vez mais predominam como pude observar quando da cerimônia religiosa de domingo de ramos. Uma pena.

A terceira sugestão. Essa vem do Senador Fernando Collor, que no Senado e como colega conheci pessoalmente, sem, no entanto, e por cortesia, manifestar da minha frustração pelo voto que nele depositei em 1990. Estava ele na Tribuna, eu no Plenário, ouvindo-o sobre o dia mundial da água. Lá pelas tantas no seu discurso surpreendeu-me um detalhe sobre o uso desenfreado do precioso líquido: desconhecia que quando da higiene bucal diária, se gasta ao redor de três minutos. Se mantivermos a torneira aberta, no final do ano, após as mesmas e continuadas escovações dentárias, teremos gastado aproximadamente 550 litros de água. Se a isso forem multiplicadas pela população mundial, o desperdício poderá corresponder as águas de um oceano. É bom pensar nisto.
É vivendo que se aprende!

*Ruben Figueiró de Oliveira é deputado federal pelo PSDB

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