Paranaíba registrou neste ano, segundo dados da Polícia Militar, 97 acidentes de trânsito sem vítima e 76 com vítimas - nenhuma fatal. Nesta semana, quando se comemora a Semana  Nacional do Trânsito de 2018, um acidente entre uma carro que invadiu uma preferencial e uma moto feriu gravemente Lucinéia Aparecida Soares  em coma induzido.

A mulher de 32 sofreu traumatismo craniano e está internada no Hospital Auxiliadora em Três Lagoas, em coma induzido. O estado de saúde é considerado grave, segundo boletim médico divulgado na quinta-feira (20).  A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as causas do acidente.

Numa rede social, o motorista do carro, Tiago Galdino Borges, de 34 anos, disse que teve a visão dificultada por árvores e por carros estacionados perto do local da batida. Também na internet, amigos de Lucineia publicaram que ela seguia para uma entrevista de emprego na hora do acidente.

“A moto é um dos veículos que causam o maior número de vítimas fatais no trânsito. Para tirar a habilitação, o motociclista faz a prova em circuito fechado, em primeira marcha, e apenas com o funcionamento do freio traseiro. Isso precisa ser revisto”, diz Renato Campestrini, advogado, especialista em trânsito e gerente técnico do Observatório Nacional de Segurança Viária.

Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), entre as cinco principais infrações cometidas por motoristas e motociclistas estão excesso de velocidade, falta de cinto de segurança e avanço de sinal vermelho.

Números
Em Paranaíba, a prioridade, nesta semana, foi a reforma da sinalização de trânsito em frente a escolas, conforme programação divulgada pelo Demutran (Departamento Municipal de Trânsito). Para a próxima semana está prevista uma blitz educativa, com panfletagem no centro da cidade.

O Código de Trânsito Brasileiro instituiu, por meio do artigo 326, a Semana Nacional de Trânsito entre os dias 18 e 25 de setembro. Os temas são estabelecidos pelo (Contran) Conselho Nacional de Trânsito. 

O país segue longe da meta estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), que prevê redução de 50% no número de vítimas em 10 anos, a partir de 2011. A meta do país, em 2020, é não ultrapassar o número de 19 mil vítimas fatais por ano.