RÁDIOS
Paranaíba, 20 de abril

Advogado revela que PM está tendo alucinações na prisão

Médico contratado pela família realizará exames em autor de duplo homicídio

Por Leonardo Guimarães
17/10/2019 • 14h41
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A defesa do policial militar ambiental Lúcio Roberto Queiros, 36 anos, assassino confesso da esposa Regianni Araújo, 32 anos, e do corretor de imóveis Fernando Enrique Freitas, 31 anos, vai solicitar que ele seja submetido a exame psiquiátrico na quinta-feira (17).

De acordo com o advogado, José Roberto da Rosa, Lúcio tem tido “alucinações e dificuldade para dormir na prisão”. Ainda segundo o advogado, um médico especialista já teria sido contratado pela família.

De acordo com o resultado do laudo, a defesa poderá alegar que o policial não pode responder pelos crimes cometidos, afirmando doença mental. José Roberto teria revelado a possibilidade de estratégia da defesa ao site Campo Grande News, na capital do Estado, onde reside.

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FIM DA FUGA

O policial militar ambiental, Lúcio Roberto Queiroz, se entregou à polícia na tarde de terça-feira (8), em Paranaíba (MS), após dois dias foragido. O PM executou a esposa Regianni Araújo e o corretor de imóveis Fernando Henrique Cesar, após receber supostos prints de mensagens que revelariam um relacionamento extra-conjugal entre os dois.

Lúcio estava acompanhado do advogado criminalista, José Roberto Rosa, que negociou as condições de apresentação de seu cliente. O mandado de prisão temporária do policial foi expedido na segunda-feira (7), após pedido da delegada titular da Delegacia de Atendimento a Mulher (DAM). O prazo de validade da prisão é de 30 dias, inicialmente. O PM será interrogado e permanecerá à disposição da Justiça.

Em conversa com o JPNEWS, o advogado afirmou que Lúcio estava foragido em uma propriedade rural da região. José Roberto afirmou que ainda não manteve contato com o cliente, sendo contratado pelos pais do acusado. O criminalista afirmou que a principal preocupação da defesa, neste momento, é a segurança de Lúcio, por se tratar de um crime de alta repercussão. Sobre os fatos, o advogado afirmou que só sabe o que foi lhe contato pelos pais de Lúcio, que presenciaram o assassinato de Regianni na casa do casal.

Dando cumprimento ao mandado de prisão, o PM deve ficar detido no 13° Batalhão de Polícia Militar, em acordo com prerrogativas de sua função, até ser transferido para a unidade prisional militar de Campo Grande.

O caso

Um duplo homicídio motivado por ciúmes e uma suposta traição conjugal mobilizou policiais militares e chocou a população de Paranaíba. Lúcio Roberto Queiroz Silva, 36 anos, policial militar ambiental, assassinou a tiros a esposa Regienni Araújo, 32 anos, e o suposto amante, o corretor de imóveis Fernando Enrique Freitas, 31 anos, após descobrir o suposto relacionamento extra-conjugal da companheira.

De acordo com informações da Polícia Militar, Lúcio teria recebido em seu aparelho celular cópias de mensagens que teriam sido trocadas por Regianni e o corretor. O policial teria vasculhado o celular da esposa e, ao não encontrar vestígios das mensagens, teria saído de casa à procura de Fernando Enrique.

O corretor - que também era casado - foi encontrado por ele na casa da sogra, próximo ao Centro de Eventos Carnaíba, na avenida Major Francisco Faustino Dias.

O policial teria disparado um tiro no peito de Fernando. Na tentativa de fuga, ele também foi ferido nas costas. Lúcio seguiu de lá para a casa de seus pais, onde estava a mulher, que também foi assassinada. Um filho do casal teria presenciado o crime. 

Lúcio fugiu do local e é procurado pela Polícia Militar.

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