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Paranaíba, 20 de abril

Acadêmicas denunciam que são perseguidas na saída da aula

O fato foi relatado por acadêmicas da Uems e UFMS

Por Lucas dos Anjos
14/09/2018 • 09h59
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Alunas da Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) procuraram a redação do JPNEWS para relatar momentos de pânico durante a saída da aula porque seriam perseguidas. O fato também ocorre com alunas da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

Por questões de segurança, o nome e a idade das vítimas serão preservados na reportagem.

De acordo com uma estudante do curso de direito, ela seguia pela calçada do parque Espelho d’Água, nesta semana, quando percebeu a presença de um homem, que seguia em direção ao Centro armado com duas facas.

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“Tomem cuidado, eu estava saindo da faculdade e vi um homem com duas facas na mão no Espelho d’Água”, postou a estudante em um aplicativo de mensagem.

Segundo as estudantes, em sua maior parte jovens, por conta do local ser afastado da cidade e escuro, facilita que casos como estes aconteçam com maior frequência. “É muito escuro aqui, não tem nenhuma câmera de segurança na região e as viaturas da PM ficam no começo da aula quando está de dia ainda e tem muitas pessoas caminhando, mas a noite, não há policiamento”, contou.

“Todos os dias eu vou para casa pela avenida e, percebi que sempre tinham um homem na esquina e ele me seguia. No quarto dia que ele fez isso eu comecei a mudar minha rota por medo que ele fizesse alguma coisa comigo, mas, ele mudou também e correu atrás de mim, graças a Deus vinha um amigo de moto e me socorreu”, contou outra aluna.

Alunas da UFMS questionam o fato do matagal nas proximidades do campus e, de acordo com as discentes, isso causa pânico. “A gente não vê se tem alguém escondido no mato. Um dia eu estava indo embora com uma amiga e um homem magro, alto, de boné, correu atrás da gente, ele chegou pegar minha amiga pelo braço, mas ela escapou e conseguimos entrar no carro de um amigo nosso”, pontuou uma aluna da UFMS.

“Quando eu morava perto da faculdade, em uma república, eu tinha de passar pelas ruas de terra lá atrás, e não tem iluminação, já aconteceu várias vezes de carro passar do meu lado bem devagarzinho, de moto me perguntar quanto eu cobrava, dando indícios que eu faria um programa sexual, e por ai vai”, disse.

A aluna explica ainda que temendo que o pior acontecesse mudou do bairro. “Aquela região é muito perigosa, graças a Deus eu tive condição de mudar para um lugar um pouco mais seguro e iluminado, mas quem mora lá [Universitário], ainda passa por maus bocados”, acrescentou a aluna.

“Esses casos estão causando muito medo às alunas do campus da UFMS, que principalmente não possuem locomoção e precisam ir embora à noite sozinhas. Os lugares ao redor não possuem boa iluminação e são vazias e ainda possuem muitos lotes com matos altos e construções pela metade”, contou uma discente da UFMS ao JPNEWS.

Na região da Uems, há ainda, a Escola Estadual Aracilda Cícero Correa da Costa e, inúmeros alunos também saem próximo ao horário dos discentes da universidade.

Nos grupos de aplicativo de bate papo da Uems, alunos se organizam para irem embora juntos, para evitar que casos semelhantes aconteçam. Na maioria dos casos as vítimas registraram boletim de ocorrência.

A Polícia Militar disse que busca meios de melhorar a segurança na região. Já o secretário de Obras, Túlio Botelho, disse por telefone, que na segunda-feira (17) as equipes executarão os serviços de limpeza dos terrenos.

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