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Paranaíba, 19 de março

Amigos realizam evento para custear tratamento de irmãs

Janaine conta que a irmã pilotava a moto e momentos antes do acidente havia parado na padaria

Por Lucas dos Anjos e Talita Matsushita
14/07/2018 • 07h00
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As gêmeas Aline Batista e Janaine Batista, 28 anos, desde que nasceram dividem tudo. Na manhã do dia 9 de junho mais uma vez passaram por uma situação que jamais pensariam enfrentar juntas. As duas seguiam de moto para a casa da madrinha delas por volta das 6h30 para tomar café da manhã quando foram atingidas por um carro em alta velocidade. O motorista estava embriagado.

Janaine conta que a irmã pilotava a moto e momentos antes do acidente havia parado na padaria e ao saírem foram atingidas. Trinta e cinco dias após o acidente ficaram as más lembranças e as sequelas, Janaine teve a mão esmagada e precisou passar por cirurgias para fazer enxerto. Aline teve lesões na coluna e ainda não consegue andar e nem sentir as pernas.

O motorista do carro está detido e havia acabado de cumprir prisão em regime semiaberto há três dias do acidente. Elas lembram que ele falava a todo o momento que era presidiário, pedia calma e que iria a ajudar, porém, a ajuda nunca chegou.

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“Eu não tinha noção do que estava acontecendo. Eu percebi que era grave quando eu estava sendo colocada na ambulância para ser transferida para Campo Grande e vi todo mundo chorando, mas não sabia de fato o que estava acontecendo. Só depois que parei de tomar sedativos que comecei a entender o que realmente tinha acontecido”, recorda Aline.

Em Paranaíba no mês de junho a Polícia Militar registrou três flagrantes de pessoas alcoolizadas ao volante; duas quedas de moto, quatro termos de constatação de embriaguez ao volante, nove acidente com vítimas, e 11 sem vítimas. Em todos os casos os envolvidos estavam embriagados.

Quanto aos casos de embriaguez ao volante, Janaine afirma que as pessoas acham normal, até serem vítimas. “Eu acho que as pessoas não dão muita importância até acontecer com elas, é sempre mais uma, mas quando a gente vê o dano que causa, os prejuízos emocionais e materiais, pois na minha família tudo mudou, aí a gente percebe o quanto é perigoso”, explicou ela.

Aline, que teve os maiores danos, passa por fisioterapia todos os dias e cada sessão de fisioterapia custa R$70. Por conta dos altos custos da recuperação delas, um grupo de amigos promoverá dia 9 de setembro uma peixada beneficente, com intuito de levantar R$12 mil para o tratamento e realização de novos exames.

Os convites estão disponíveis através do telefone (67) 98138-2601 ou nos pontos de vendas. Elas recebem também doações para custear o tratamento. Aline, que tem o quadro mais grave precisa passar por médicos especialistas para tratar de uma mancha no cérebro proveniente do acidente, além de cuidados especiais para voltar a andar, uma vez que o médico que a acompanha afirmou que ela é uma paciente jovem e tudo pode acontecer, mas depende de tratamento e de seu esforço.

 

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