RÁDIOS
Paranaíba, 20 de abril

Artista cobre genitália com imagem de N. Sra. Aparecida e depois destrói

Na apresentação, após chegar ao centro do palco, homem começa a esfregar a imagem em um ralador até ser totalmente destruída, restando apenas o pó, que é jogado em seu corpo nu

Por Leonardo Guimarães
14/10/2017 • 19h23
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Um homem nu usou a imagem de Nossa Senhora Aparecida para tapar as partes íntimas e depois ralou o símbolo religioso até se tornar pó, durante uma apresentação artística chamada “Atos de Transfiguração: receita de como fazer um santo”. O artista que realiza a performance desde 2015 é Antônio Obá, 33 anos, professor de artes em Taguatinga (DF).

Durante a apresentação que dura cerca de 30 minutos, Antônio surge nu diante da platéia segurando a imagem católica junto ao órgão genital, e depois, no centro do palco, começa a esfregar a imagem contra um grande ralador até ser totalmente destruída, restando apenas o pó. Após a destruição da imagem sacra, Obá joga todo o pó sobre seu corpo.

De acordo com o artista, a performance é meramente artística e traz uma reflexão sobre as religiões africanas. “Escolhi a imagem desta santa por ser supostamente negra. Digo isso, porque vem de uma tradição histórico-religiosa que nada tem a ver com a religiosidade africana”, afirmou.

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Lideranças religiosas e políticas se manifestaram contra o que classificaram como vilipêndio de objeto de culto religioso, crime previsto no Art 208 Código Penal desde 1940

Através do canal no Youtube de nome "Católicos Escolhidos Por Deus", lideranças católicas reproduziram um vídeo feito por uma internauta manifestando sua indignação. O deputado Marco Feliciano (PSC - SP) também usou as redes sociais para se posicionar contra a performance. Assista ao vídeo postado pelo deputado.

Atenção, as imagens pode chocar.

Antônio Obá, que também participou da exposição Queer Museu, realizada no Espaço Santander Cultural em Porto Alegre (RS), onde escreveu nomes de órgãos genitais, palavras de cunho sexual e “palavrões” em hóstias, é um dos finalistas do prêmio “Pipa: Janela para a arte contemporânea Brasileira”. Se vencer, o artista receberá R$ 130 mil e uma residência artística na Residency Unlimited, em Nova York.

 

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