Estagiários do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) usaram as redes sociais para informar paralisação temporária dos trabalhos nos CEINFs (Centro de Educação Infantil) Dona Marlene e Professora Gertrudes Bardelin. O motivo, de acordo com a publicação, são os constantes atrasos nos pagamentos. Leia a nota.

“Queridos cidadãos e cidadãs de Paranaíba, os(as) estágiários(as) do Centro de integração empresa-escola (CIEE), vem a público anunciar a paralisação das atividades nos Ceinfs Dona Marlene e Profª Gertrudes e explicar os motivos que nos fizeram tomar tal atitude. Primeiramente, queremos deixar explícito que a nossa reivindicação não é contra a gestão dos respectivos Ceinfs e menos ainda com a população.
Nosso serviço consiste em algo sério, trabalhamos 6 horas por dia com dedicação máxima aos bebês e crianças, acompanhamos o desenvolvimento, criamos afeto, levamos conosco o sorriso e o carinho dos alunos, tudo com a máxima responsabilidade. Porém fazem 6(seis) meses que estamos recebendo após o dia 17, e no mês atual estamos no dia 24 sem recebimento. Sendo assim, estamos parando as atividades porque estamos acumulando contas, juros, falta de alimentos em casa, enquanto não obtemos o mínimo de respostas. Esperamos respeito da Prefeitura, representada pelo Sr Ronaldo José Severino de Lima. Somos mães, pais, filhas(os), contribuintes. Pedimos a compreensão de todos os ouvintes e solicitamos que não deixem a luta morrer, pois apesar de estarmos falando em nome das monitoras, sabemos que esse descaso acontece com trabalhadoras e trabalhadores de outros setores e todos merecemos respeito. Dessa forma, pedimos encarecidamente a compreensão desta medida que fomos levadas a tomar. Entretanto, esperamos que tal situação possa ser resolvida juntamente com os responsáveis já citados, pois nos preocupamos com o serviço e o bem estar que prestamos ao Ceinf, as criancas e a comunidade como um todo. Atenciosamente estagiários (as) do CIEE”.

Por 6 horas de trabalho dedicado às crianças destas creches, os estagiários recebem R$ 700, entre salário e ajuda de custo.

Em contato com o JPNEWS, duas estagiárias, que por medo de represálias pediram para ter suas identidades preservadas, falaram sobre a situação destes estudantes. Ouça.

Estagiária afirma que algumas monitoras estão passando necessidades.

Estagiária diz que colegas não tem papel higiênico em casa, por conta de falta do salário.