RÁDIOS
Paranaíba, 23 de abril

Aumentam acidentes com escorpião

Casal picado dentro de casa pelo animal foi obrigado a mudar hábitos, como trocar a cor de paredes, e a tomar mais cuidados

Por Talita Matsushita e Lucas dos Anjos
21/07/2018 • 07h06
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O número oficial de mortes causadas por picadas do artrópode mais do duplicou nos últimos quatro anos, no Brasil. Só no ano passado houve 184 pessoas vítimas  fatais de picadas de escorpião, segundo os dados do Ministério da Saúde. Em Paranaíba, apesar de não ter ocorrido morte, houve aumento no número de acidentes com o animal peçonhento.

Segundo dados do Controle de Vetores, somente neste ano já foram registrados 113 acidentes com adultos e 11 com crianças abaixo de dez anos. No ano passado houve 180 casos na cidade.

Yamara Lucia Zanin Palcheti, diretora do Controle de Vetores, destaca que todos os bairros registram aparecimento de escorpiões, o que antes não ocorria, pois era mais comum na área central, principalmente nas proximidades do antigo cemitério, onde atualmente é a Praça da Paz. “Observamos que antes eram casos mais concentrados. E hoje registramos tanto aumento no número de picadas e também aparecimento”, disse.

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O aposentado Eurides Ribeiro de 55 anos, foi uma das vítimas e conta que havia chegado do trabalho e estava descalço, quando ao mexer na geladeira foi surpreendido pela picada. “Foi horrível, nunca senti dor igual senti dessa vez”, assinala ele e conta ainda que depois da situação se previne em não andar descalço.

Ribeiro conta que no momento da picada não doeu, mas segundos depois, sentou no sofá e o calcanhar, lugar da picada, começou a inchar e desde então foi preciso ir para o pronto-socorro.

Quem também sofreu com o mesmo problema foi a dona de casa Celimar Ribeiro de 52 anos, esposa de Ribeiro. “Eu fui ao banheiro durante a madrugada, fui picada e, no susto, esmaguei o escorpião”, contou. 
A dor, ela disse, ia do pé ao joelho, e a impressão, acrescentou, era de levar facadas. “É uma dor imensurável. Eu passei por duas cesáreas e nenhuma doeu como a picada”, disse.

Depois dos acidentes, por precaução, o casal adotou medidas como trocar a cor das paredes da casa por uma cor clara, não andar  descalços e sempre usam lanternas. Outra medida foi comprar galinhas para criar no quintal e ajudar no controle. “Elas comem os bichos”, completou Celimar.

ESPÉCIE
Na região é comum o aparecimento do escorpião amarelo (Tityus serrulatus), a picada do animal pode acarretar riscos à saúde e até matar.

Yamara dá dicas de como diminuir os riscos de picadas, como: sacudir roupas e sapatos antes de usar, afastar camas da parede, não deixar as roupas de cama encostadas no chão; cuidados com cortinas, tapetes de banheiro e de cozinha onde o animal pode ficar enroscado.

Outra orientação é, se alguém for picado por animais peçonhentos, que seja levado imediatamente ao hospital e, se possível, manter o animal vivo em um frasco fechado, para identificação e aplicação do soro antiofídico.

SERVIÇO:
Pedidos de auxílio, moradores podem ligar para (67) 3669-0093.

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