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Paranaíba, 18 de abril

Bando movimentou R$ 10 mi em um ano, afirma Polícia Civil

Despachantes de Paranaíba envolvidos com crimes

Por Talita Matsushita
03/08/2019 • 08h29
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Os presos integram uma associação criminosa especializada em “esquentar” documentação de carros de luxo, que em um ano pode ter provocado prejuízo de mais de R$ 10 milhões. Seis pessoas foram presas nesta quinta-feira (1º), durante a operação Mau Despacho deflagrada pela Polícia Civil em Mato Grosso do Sul e Goiás. 

Entre os presos estão dois empresários de Rio Verde de Goiás e quatro despachantes de Paranaíba.

Os comerciantes, que tem garagens no estado vizinho, eram responsáveis pela locação fraudulenta e os despachantes, pela adulteração e falsificação dos documentos dos veículos. Todos estão presos na Delegacia de Polícia Civil de Paranaíba. 

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De acordo com o delegado Regional da Polícia Civil de Paranaíba, Wallace Martins Borges, que coordenou as investigações, em um ano o grupo fraudou entre 80 e 100 veículos de luxo e causou um prejuízo estimado de R$ 10 milhões. “Os donos das garagens utilizavam laranjas para locar os veículos nos aeroportos e iam para Paranaíba, onde com a ajuda dos despachantes faziam a transferência fraudulenta”, afirma.

Na ação foram recuperados nove carros de luxo em Rio Verde de Goiás e Itajá, em Goiás e em Paranaíba e Cassilândia, no Mato Grosso do Sul. Também foram apreendidos diversos cartões utilizados para locar os carros e folhas de cheque recebidas como pagamento pelos criminosos, que movimentam várias contas bancárias.

Os criminosos identificavam os carros de luxo disponíveis nas locadoras de aeroportos das capitais brasileiras, na sequência selecionavam “laranjas” para realizar a locação dos veículos, que eram levados para Goiás.

No estado vizinho, com procurações falsas os criminosos emitiam o Certificado de Registro de Veículo (CRV) e reconheciam firmas dos falsos vendedores.

Segundo a polícia, os carros seguiam para Paranaíba, onde com a ajuda dos despachantes, eram feitas as transferências fraudulentas dos carros de luxo para os nomes dos laranjas . A venda era feita pelos garagistas integrantes do bando, que assim como os demais percebiam lucros com a ação criminosa.

Conforme o delegado, o Departamento Estadual de Trânsito não tem envolvimento nas fraudes, mas as investigações apontam que despachantes, funcionários de cartórios, vendedores de carros e escritórios de advocacia integram a associação criminosa.

O grupo criminoso começou a ser investigado em maio deste ano, através da troca de informações entre a Polícia Civil e a Polícia Rodoviária Federal, após a Polícia Militar de Goiás apreender um veículo que foi locado de maneira fraudulenta, e revendido para uma terceira pessoa de boa fé.

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