A vida da paranaibense Fátima Sandra, de 40 anos, tem sido de desespero, desde a casa em que ela morava com a filha, de apenas seis anos, desabou. O fato ocorreu em julho do ano passado, em uma viela no bairro Jardim América. “Eu passava correndo de um quarto para o outro, porque tinha medo do teto cair na minha cabeça. Como o quarto da minha filha era o ponto mais crítico eu nem deixava ela ficar nele”, relatou. 

Fátima não possui emprego fixo, trabalha fazendo “bico” como faxineira, não sabe ler e escrever. “Eu ganho pouco, por isso não consigo reconstruir o pedaço que caiu”, lamentou ao ressaltar ainda que ganha, em média, apenas R$ 50 pelos serviços realizados. 

Quando a residência da família desabou, uma equipe da Assistência Social de Paranaíba pagou aluguel para que ela e a filha permanecessem em outro local. Porém, o prazo de permanência encerra em 15 de janeiro e a família precisa retornar para a casa onde morava. Mas, ela não foi reformada. “Eu pensei em voltar a morar aqui [na casa] do jeito que está mesmo. Já nem sei mais o que fazer da minha vida. Parece que as coisas só pioram na vida do pobre”, desabafou em lágrimas. 

Com a situação, Fátima contou também que após o fato as contas de água acumularam e atualmente a dívida é de R$ 250. “Eu fiz uma faxina e já tenho um pouco de dinheiro para ver se pago a água”, explicou. A família não tem móveis e enfrenta dificuldades para a se alimentar. 

Uma ONG da cidade está promovendo nas redes sociais uma ação beneficente com intuito de ajudar a família reconstruindo a casa que desabou. Uma lista de materiais de construção necessários para a obra foi divulgada na página, na internet. Quem tiver interesse em ajudar a família também pode entrar em contato pelo pelo telefone (67) 98104-3237.