Quarenta e três milímetros de chuva foram suficientes para mostrar a falta de infraestrutura para captar águas pluviais em Paranaíba, na terça-feira (12). Choveu por cerca de 30 minutos, mas em menos tempo, locais críticos não suportaram a enxurrada.

O prolongamento da avenida Durval Rodrigues Lopes é um deles. A pouca vazão faz o córrego Fazendinha transbordar, causando prejuízos a moradores e a empresas. “Em minutos começou a alagar a rua, e pouco depois já começou a entrar água na lava-jato que eu trabalho”, disse Thalisson Rian, de 16 anos.

Outro ponto de alagamento é na avenida Major Francisco Faustino Dias (Praça do Carnaíba), no cruzamento com a rua Osvaldo Silva Brandão. Segundo a Defesa Civil, a praça alaga porque no local havia um córrego, antes de sua construção. Por isso, a região recebe grande volume de água, que não tem para onde ser escoada por falta de galerias. 

Na rua Maria Antônia, esquina com a Comendador Garcia, um motorista ficou ilhado e abandonou um veículo. Na rua Coronel Carlos, motos foram arrastadas pela enxurrada. A rua João Antunes de Macedo, no bairro São José, teve o asfalto danificado.

De acordo com o professor Ilcemar Rezende, o problema se repete há mais de 20 anos. “Para resolver essa situação teria que fazer galerias para a água da chuva”, disse. 

INDENIZAÇÃO
Um morador de Paranaíba será indenizado em R$ 10 mil pela prefeitura da cidade por ter tido a casa onde mora invadida por água da chuva, em 2017. A prefeitura foi condenada em pelo TJ (Tribunal de Justiça) de Mato Grosso do Sul, após ter recorrido da condenação de primeiro grau.
O morador alega móveis ficaram encharcados com água e lama, além de sujeira após uma obra pública no local. A prefeitura recorrer.