RÁDIOS
Paranaíba, 25 de abril

Vítimas de agressão têm atendimento psicossocial

Paranaíba tem em média mais de um caso de violência doméstica registrado por dia

Por Talita Matsushita
21/04/2019 • 12h00
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Paranaíba tem em média mais de um caso de violência doméstica registrado por dia. No último final de semana o caso mais violento de 2019 foi o de uma jovem de 22 anos, que foi mantida sob domínio e espancada pelo ex-namorado, um homem de 28 anos, após ele pular o muro da residência onde ela mora em Paranaíba.

Após invadir a casa e ter surpreendido a jovem, tomando o celular de suas mãos e iniciando a sessão de humilhação, tortura e espancamento. O homem é reincidente e tem vários outros registros de ex-namoradas que o denunciaram por violência doméstica, ameaça e lesão corporal, quando foi condenado.

Além de dar visibilidade aos crimes, estruturar uma rede de apoio que viabilize atendimento e alternativas de vida para as mulheres é fundamental no combate à violência doméstica. Por isso, na base dessa proposta está a articulação dos atendimentos especializados no âmbito da saúde, da justiça, segurança pública, rede socioassistencial e promoção da autonomia financeira.

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Rosemary Bevilaqua da Silva, coordenadora do programa de Políticas Públicas para Mulheres, destaca que as vítimas de violência doméstica são encaminhadas para atendimento psicossocial, com assistente social e psicóloga.

Segundo Rose, no passado mulher era submetida a uma verdadeira peregrinação em busca de instituições públicas. Além dessa dificuldade, muitas vezes era recebida por pessoas que não estavam preparadas para tratar de casos de violência, podendo submetê-la a um sofrimento continuado ou mesmo tratá-la com preconceito.

“A mulher não é a culpada, não importa a situação. Um exemplo que é justificar o uso da bebida alcoólica. Mas o homem estava em um bar bebendo com quatro amigos e chega em casa agride a esposa. E eu pergunto no bar ele não agrediu ninguém, por que em casa ele bateu na esposa? Então não é a bebida, é o que acontece no ambiente familiar”, disse.

Com os homens também é desenvolvido um trabalho em parceria com a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Fórum, Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), onde em uma roda de conversa é trabalhado que o que ele fez é errado.

“Acredito que se desenvolver um trabalho para a mente do adolescente e criança funciona, mas existem casos que são irreversíveis, porém quando mais você fala do assunto, menos agressões teremos”, pontuou.

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