Anatalia de Jesus teve um início de manhã desesperador nesta quarta-feira. A mulher acordou com o chamado da filha de seis anos dizendo que a casa estava pegando fogo, enquanto ainda estava dormindo com o filho mais novo, um bebê de apenas três meses. Relatos de vizinhos dão conta de que houve um barulho alto, parecido com uma explosão, e quando saíram para ver o que havia acontecido viram a casa pegando fogo.

Um dos vizinho conta que chegava da padaria e ouviu o barulho, e quando se aproximou, Anatalia já estava sendo socorrida por um homem que passava de carro e ajudou a mulher e as crianças a saírem da casa, que tinha aproximadamente 40 metros, localizada na rua José Gonçalves de Oliveira.

A casa era de madeira e tinha dois cômodos: um quarto e a cozinha. Segundo o bombeiro cabo Ronaldo Junior, o deslocamento foi rápido, em menos de cinco minutos. Quando o Corpo de Bombeiros chegou a mulher e as crianças já estavam na rua vendo seus pertences serem consumidos pelas chamas. Conforme o bombeiro, o incêndio já estava com grandes proporções e risco de propagação para as residências vizinhas.

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“Iniciamos nosso trabalho e começamos o combate às chamas, feito isso indagamos a mulher sobre o que teria ocorrido e ela informou que estava dormindo e foi acordada pela filha de seis anos, que provavelmente estava brincando com fogo e se alastrou”, contou.

Vizinhos contam que na cozinha havia um sofá, onde a menina poderia estar brincando. Testemunhas contam que a menina teria dito: “Mamãe, eu estava brincando com fogo e a casa está pegando fogo”.

Ainda conforme os vizinhos poderia ter ocorrido uma explosão em uma panela de pressão, que foi encontrada no quintal despedaçada, porém a hipótese foi descartada pelo Corpo de Bombeiros, pois a panela, segundo os militares, estava pendurada na parede.

O bombeiro explica que o fato da casa ser de madeira e muitas pessoas terem o hábito de passarem óleo queimado para conservar o madeiramento, além do tempo seco, podem ter contribuído para o fogo ter se alastrado rápido. 

A casa era emprestada por um homem que havia ficado sensibilizado com a situação da mulher, com dois filhos pequenos e sem ter onde morar; havia quatro meses que a família morava no local.

A mulher e as crianças foram acolhidas pela Assistência Social, foi disponibilizada uma casa para que elas morem até que possam se estabilizar novamente.  Anatalia não estava trabalhando no momento, pois teve filho recentemente, porém é beneficiária de vários programas oferecidos pela Assistência Social.

Há uma campanha nas redes sociais pedindo doações para a família, os interessados devem procurar a Assistência Social, que recolherá os itens e entregará a família.