RÁDIOS
Paranaíba, 24 de abril

DAM registra mais de um caso de violência doméstica por dia

O número é considerado pequeno pela delegada, comparados ao número de casos que a cidade tem

Por Talita Matsushita
08/03/2018 • 14h42
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A Delegacia de Atendimento à Mulher em Paranaíba (MS) recebe em média todo mês cerca de 40 denúncias de violência doméstica contra mulheres, a média é de 1,3 casos por dia. Apesar do número ser alto, a delegada titular, Eva Maira Cogo, acredita que o número de mulheres vítimas de violência doméstica seja maior em Paranaíba.

“A mulher sofre violência no lugar onde ela mais deveria ser protegida, que é o lar, os índices de feminicídios são crescentes e infelizmente em Paranaíba também. Enquanto em anos anteriores tivemos um caso, em 2017 foram dois, e nenhuma das vítimas tinham procurado a Delegacia, e esse é o primeiro passo para evitar uma tragédia”, frisou.

Para ela, muitas mulheres estão inseridas num ciclo de violência em que o homem no início é carinhoso e trata bem, depois começam as humilhações, e em seguida pode chegar a violência física e psicológica, este último na sua opinião é o pior, pois "são feridas que não cicatrizam".

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“Estas mulheres precisam procurar ajuda. Talvez um familiar, ou amigo também podem procurar a Delegacia. Nem sempre que se procura uma Delegacia é para uma denúncia, pode ser para pedir uma orientação, e tirar uma opinião e até mesmo encaminhamento psicológico”, disse.

Maira, destaca que em comemoração ao Dia da Mulher a DAM e o Corpo de Bombeiros lançam a campanha Mães que Salvam, com o objetivo de oferecer cursos de primeiros socorros para as mulheres, e não precisa necessariamente ter filhos para participar, podem ser professoras ou cuidadoras de crianças. Os locais e datas ainda não foram definidos.

Mais segurança

Outra campanha que será implantada em Paranaíba será com relação ao cumprimento efetivo das medidas protetivas, que impedem o homem de se aproximarem da mulher, ou até mesmo ligar e usar de redes sociais para perturbá-la, pois muitas vezes não há o cumprimento da decisão judicial e a mulher não comunica a Polícia.

“Nós iremos fiscalizar o cumprimento destas medidas, geralmente nós não íamos atrás da vítima, ela que vinha até nós em caso de descumprimento. Então se a mulher aceitar nós vamos passar periodicamente na casa dela, fazer ligações para saber do cumprimento desta medida”, explicou.

Quando há o descumprimento da decisão, cabe até prisão, conforme a delegada, mas para isso é preciso que haja o conhecimento. “Nossos investigadores vão questionar a vítima se ela quer este acompanhamento periódico dos nossos policiais, se ela aceitar vamos ajudá-la”, frisou.

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