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Paranaíba, 26 de abril

Deco encontra elementos que ligam piloto a facção criminosa

Dados de celular entregue por Edmur foram apagados, mas foram recuperados pela Deco

Por Alex Santos
22/07/2020 • 16h30
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Investigação da Deco (Delegacia Especializada de Combate do Crime Organizado) encontrou elementos que comprovam a ligação do piloto Edmur Guimara Bernardes, de 78 anos, com facção criminosa e sua participação no suposto sequestro e roubo da aeronave PR-NAL, em junho do ano passado.

De acordo com a Delegada titular da Deco, Ana Cláudia Medina ao JPNEWS,  no celular de Adevailson Ribeiro “zóio”, membro de facção criminosa atuante na região de Birigui (SP), foram encontrados dados que sustentam a participação do piloto. Zóio, foi preso no mês passado, ele decolou com Edmur no dia do falso sequestro.  

“Quando chegamos no integrante que procedeu o voo, tivemos acesso a muitas coisas nesse telefone que comprovam uma parceria, quando ele relatava, que ao precisar fazer uso de uma aeronave indicou esse piloto [Edmur], já o conhecia, e teria tido contato. Ele [Adevailson] passou com bastante detalhes esse tipo de participação, e indica [Idevan] que o funcionário público estaria sabendo”, detalhou.

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Dados de um celular entregue por Edmur foram apagados, mas foram recuperados pela polícia.

“Trabalhamos com arquivos, dados e diversos outros levantamentos efetivados pelo nosso serviço de investigação, principalmente que confrontavam e corroboravam com os dados do telefone que a gente periciou, entregue pelo Edmur, mas encontravam-se apagados do aparelho, mas a gente conseguiu resgatar”, disse.

Ainda conforme Ana Claudia Medina, o piloto apresentou contradições durante depoimento prestado, porém, o piloto não confessou participação no crime.

“Não existe confissão do piloto, ou mesmo do funcionário público, em relação a participação dos crimes, mas, existiam inconsistências que foram levadas em consideração”, disse.

Conforme a Delegada, antes de retornar com a aeronave para o Brasil, Edimur recebeu uma quantia em dinheiro na Bolívia.  A polícia não divulgou o valor recebido pelo piloto.

“Houve sim o recebimento na Bolívia antes de partir em retorno para o Brasil, que segundo o preso de São Paulo [Adevailson], já era algo combinado”, falou.

Edmur, Idevan, além de Adevailson e outros nove integrantes pertencentes a uma facção criminosa, foram indiciados por organização criminosa, associação ao tráfico de entorpecentes, atentado a segurança de voo e outros delitos.

Edmur Guimara Bernardes está preso preventivamente na Penitenciária de Segurança Média de Paranaíba. Idevan Silva de Oliveira, funcionário público encarregado da recepção do Aeroporto Municipal de Paranaíba, não foi localizado no município na Operação realizada no dia 17 de julho.

Ouça a entrevista abaixo:

 

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