RÁDIOS
Paranaíba, 20 de abril

População questiona condições da coleta e despejo do lixo

Uma catadora contou que há cerca de dez dias a empresa não busca os resíduos

Por Lucas dos Anjos
17/10/2018 • 16h31
Compartilhar

Desde janeiro o município não descarta mais o lixo residencial no lixão as margens da rodovia MS-497 e, desde então, tem levado o material descartado ao aterro Buritis entre Água Clara e Três Lagoas, distante cerca de 270 km de Paranaíba, porém o local ainda é utilizado para transbordo e como há acumulo de material no antigo espaço tem sido constantes as queimadas, como a fumaça é tóxica incomoda quem reside próximo e aos caminhoneiros.

Um motorista que passava pela rodovia e conversou com a equipe de jornalismo do JPNEWS afirmou que a fumaça, que é preta, atrapalha a visão. “Aqui é uma baixada e como a gente está carregada a carreta embala e com a fumaça acaba atrapalhando nossa visão e bem no “pé” da descida há uma curva”, contou.

A Prefeitura Municipal por meio da Secretaria de Meio Ambiente tentou aplicar a coleta de lixo seletivo, entretanto não houve sucesso e, por conta disso a fumaça é escura e durante a queimada ocorre bastantes explosões, segundo os catadores de recicláveis, os estouros são provenientes das latinhas de desodorante.  “É proibido colocar fogo né, mas as pessoas não tem consciência e isso acaba atrapalhando a gente”, disse Joana da Silva, que trabalha no local.

CULTURA PBA: BANNER INSTITUCIONAL
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Durante a conversa com a redação do JPNEWS ela contou ainda que quando saiu para almoçar, por volta das 10h30 não havia fogo, mas quando voltou cerca de 14h o lixo já estava sendo consumido pelo fogo.

Uma das catadoras do local contou ainda que há cerca de dez dias a empresa, que recebe cerca de R$6 mil reais por dia para executar o trabalho, não busca os resíduos.

Moradores do bairro Daniel 5 enviaram reclamações a redação do JPNEWS de que há mais de uma semana não há coleta no bairro.

Em Paranaíba a Kurica Ambiental faz a coleta do lixo e recebe R$180 mil por mês para levar o material descartado ao aterro Buritis. A empresa teve inúmeros contratos suspensos no Estado por irregularidade, entre eles Três Lagoas e Campo Grande.

No mês de agosto foi publicada em Diário Oficial  a anulação do procedimento licitatório, na modalidade tomada de preços, para construção do aterro sanitário de Paranaíba. A fundamentação é no artigo 49 da Lei Federal nº 8.666/1993, que prevê o cancelamento caso haja interesse por razões de interesse público.

O objetivo era a contratação de empresa de engenharia especializada para a execução da obra de construção do aterro sanitário. A tomada de preços havia sido publicada em meados de abril.

Erika Lamblém, engenheira ambiental da Secretaria de Meio Ambiente, disse por telefone que a coleta segue normalmente no município e que não há relato de nenhum caminhão com defeito, inclusive a coleta seletiva segue sendo realizada uma vez por semana em cada bairro. Já em relação ao lixo acumulado no lixão ela explicou que o caminhão da Kurica quebrou, porém deve buscar os containers ainda nesta quarta-feira.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.

Mais de Cultura FM 106,3 - Paranaíba