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Paranaíba, 26 de abril

Idosa que era maltratada pede doação de móveis para recomeçar

Ela residia em Birigui (SP) e mudou-se para Paranaíba (MS) há menos de um mês

Por Lucas dos Anjos
20/08/2018 • 09h05
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A paulista Maria de Lurdes Silva, 66, ex-moradora de Birigui (SP) mudou a menos de um mês para Paranaíba (MS) para escapar dos frequentes casos de maus-tratos que ela sofria por parte de uma das filhas. “Ela me humilhava muito, falava mal de mim, mandava eu embora de casa e isso era muito ruim”, conta a idosa.

Na casa, residia a família da filha dela, além de outro filho da idosa que é portador de uma doença crônica e não pode trabalhar por conta disso; ele não é aposentado. “Eu estava passando muitas dificuldades em Birigui, aí vim para cá [Paranaíba] para poder visitar meu outro filho que estava doente foi quando resolvi mudar para Paranaíba, mas a minha filha não deixou trazer as coisas, vim só com minhas roupas e uma televisão”, explica Maria.

Maria alugou no município uma casa na rua Bruno Mariano de Faria, no bairro Santo Antônio e paga R$300 de aluguel, mas o valor que sobra do auxílio que recebe não dá para custear a aquisição de móveis para a residência. “Nós pegamos uma coisas no lixo, o fogão tinha um jogado a gente lavou e está funcionando e desse jeito a gente vai lutando para ajudar ela”, conta a nora.
“Eu não me importo das pessoas me doarem coisas usadas, eu só quero ter móveis dentro de casa, se alguém puder me ajudar, eu preciso de geladeira, sofá, cama, guarda-roupas, armário, o restante a gente se vira como pode”, pontua a idosa.

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Para não estragar os alimentos a idosa os guarda na geladeira da casa da nora e água, a família toma da geladeira. “Temos poucos copos e como não tem geladeira aqui em casa, a gente toma água de torneira e as roupas colocamos em cima de uma tábua”, disse.

Uma equipe da Secretaria de Assistência Social esteve na casa da família na semana passada e prestou atendimento e os cadastrou para receber cesta básica, além de prestar outros auxílios. 

A idosa conta ainda que é triste chegar na essa idade sofrendo desse tanto, mas que não há o que fazer. “Eu sempre trabalhei, mas não tinha carteira assinada, agora o pouquinho que recebo é da aposentadoria que meu esposo tinha, mas não dá para nada”, finalizou. 

Os interessados em doar móveis para a idosa podem levar na casa dela, na rua Bruno Mariano de Faria, 385, no bairro Santo Antônio, de frente a Escola Ignácio José da Silva.

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