RÁDIOS
Paranaíba, 25 de abril

Idosos relatam dificuldades da terceira idade

O grande problema que muitos deles enfrentam é com relação aos desrespeito aos seus direitos

Por Talita Matsushita
08/10/2018 • 14h37
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No dia 1º de outubro, comemorou-se o Dia do Idoso, pessoa que possui idade igual ou superior a 60 anos; a data marca o dia em que a Lei N°10.741 (Estatuto do Idoso) entrou em vigor. Em Paranaíba, as Secretarias de Assistência Social e de Saúde, juntas com entidades como Lar dos Idosos e Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) saíram as ruas para chamar a atenção para a necessidade do cumprimento do Estatuto e reforçar a importância da proteção a esse público.

Hoje, a expectativa de vida do brasileiro é de 76 anos, conforme relato do IBGE, ou seja, a cada ano que passa, o brasileiro esta vivendo mais. Um salto de 22 anos em relação ao registrado na década de 1960, por e exemplo, quando a média chegava a 54 anos.

O grande problema que muitos deles enfrentam é com relação aos desrespeito aos seus direitos, como por exemplo os planos de saúde, às batalhas sem fim na hora de buscar um medicamento gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), às inúmeras armadilhas em torno do crédito consignado, entre outros, segundo levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Quem conhece bem esta realidade é a aposentada Maria da Conceição Almeida, 70 anos, com o dinheiro que recebe do benefício ela consegue pagar os remédios de uso contínuo para o coração e a alimentação, outra parte é descontada de seu pagamento devido a um empréstimo. A idosa mora sozinha, porém conta que não passa dificuldades financeiras, pois, os três filhos a ajudam com as despesas.

Viúva há sete anos, ela relata que quando o marido faleceu uma das filhas até a convidou para morar  na sua casa, mas  ela não  quis  “sair do  seu canto”. “Meus filhos sempre me visitam, e eu já tenho minhas coisas pra fazer, gosto de cuidar da minha casa, e já acostumei com a minha rotina assim”, disse.

Para ela envelhecer está na cabeça, e hoje ela percebe que algumas pessoas não preparam para esse período. “A gente muitas vezes se sente inútil, e por isso não podemos deixar de  fazer o que gostamos, é aí que a gente fica doente, vem depressão e tristeza”, contou.

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