RÁDIOS
Paranaíba, 23 de abril

Livro de ex-aluno da Escola Manoel Garcia está entre os vinte mais vendidos no Brasil

Especialista em Inteligência Policial e Criminologia, policial civil que teve infância humilde no Industrial de Lourdes teve obra publicada pela principal editora jurídica do país

Por Leonardo Guimarães
30/03/2021 • 20h27
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Um ex-aluno da rede pública de ensino de Paranaíba (MS) teve seu trabalho literário, de tema inédito no âmbito jurídico brasileiro, lançado pela principal editora do seguimento no país: a Juspodivm. O livro, “Manual de Interceptação Telefônica e Telemática – Teoria e Prática”, teve sua primeira tiragem esgotada logo após seu lançamento, em junho e julho de 2020. De acordo com a editora, a obra está entre os vinte livros mais vendidos no seguimento no país.

Adair Freitas Júnior, 32 anos, hoje escritor, formado em Direito pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Especialista em Inteligência Policial e Criminologia, policial civil no município de Santa Fé do Sul (SP), casado com a também bacharel em Direito e policial civil Priscila Ferreira Guimarães, foi aluno da Escola Estadual Manoel Garcia Leal, em Paranaíba, e, posteriormente, por critério de seleção de notas para concessão de bolsas parciais, foi também aluno da Escola Caminho – Sistema Anglo de Ensino.

O livro lançado por Freitas, juntamente com os também policiais civis Higor Vinicius Nogueira Jorge, e Oleno Carlos Faria Garzella, aborda de forma pioneira o popularmente conhecido “grampo telefônico”. A obra foi apresentada por Alexandre Barreto, coordenador de Operações Cibernéticas da Secretaria de Estudos Integrados do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Devido ao sucesso, a editora já renovou contrato para segunda tiragem, que deve estar disponível nas principais livrarias ainda no primeiro semestre de 2021.

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Em conversa com a redação do JPNEWS, Adair Freitas, residindo hoje no município de Três Fronteiras (SP), relembrou trechos da infância simples em Paranaíba, na região de periferia. “Me recordo de, ainda pequeno, correr, brincar e jogar bola todo sujo pelas ruas do 'Iate', nome popular do Bairro Industrial de Lourdes, e de também procurar peixinhos coloridos nas águas do córrego fazendinha, ainda limpo, para trocar por doces de banana e chicletes no bar da Vanda, próximo de casa. Os doces vinham com pequenos bonecos de plástico em cima.”

Perguntado sobre a repercussão do livro, Freitas disse que é muito grato a Deus, a seus pais e aos companheiros de autoria. “Tenho um orgulho imenso de ter dividido essa obra com meus parceiros Dr. Higor e Oleno. Dois policiais também graduados em Direito e extremamente competentes. Foi realmente um belo trabalho em equipe. Formamos um trio dedicado e otimista. Sobre a vendagem, claro que esperávamos números positivos, pois nos dedicamos a oferecer algo de qualidade aos leitores, porém, confesso que esgotar a primeira tiragem me surpreendeu. Estou muito feliz. Estamos muito felizes e gratos a Deus.”

Questionado sobre como faria uma análise da linha do tempo, das conquistas, tendo como ponto de partida o garoto da periferia que um dia foi, e que conselho daria aos alunos que hoje estudam na rede de ensino estadual e na mesma escola que frequentou, Adair se referiu a família, dignidade, honestidade e evolução. “Sou extremamente gratos a meus pais, que não mediram esforços para que eu não perdesse aquela 'meia bolsa' na Escola Caminho. Foram eles que me deram a oportunidade de poder estudar, mesmo abrindo mão de diversas coisas para eles próprios. O triunfo é fruto da persistência, boa vontade e, sobretudo, fé. Basta que o caminho escolhido seja digno, justo e de acordo com a lei. Se sua ideia de posição de sucesso for alcançável sem esforço ou honestidade, fuja dela, pois ela é um fracasso maquiado pra te afastar de uma real evolução na vida.”, pontou.

 

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