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Paranaíba, 26 de abril

Empresa desmente secretário e diz que lixo não tem sido levado para aterro

De acordo com a empresa Kurica Ambiental, o serviço do transporte em Paranaíba está suspenso devido a falta de pagamento

Por Talita Matsushita
06/02/2019 • 14h21
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Máquinas da Prefeitura de Paranaíba foram flagradas no lixão na MS-497 aterrando o lixo domiciliar da cidade nesta semana; conforme uma denúncia que chegou à redação do JPNEWS, o lixo não tem sido levado ao aterro sanitário dos Buritis, que fica localizado entre Três Lagoas e Água Clara, há 270 quilômetros do município.

“Após aterrar o lixo a Prefeitura ainda cascalha o local, para que não seja perceptível que o lixo foi enterrado”, diz a denúncia. Fato é que o lixão não pode mais receber os descartes dos paranaibenses, pois, há um acordo celebrado entre o prefeito, Ronaldo José Severino de Lima e a promotora Juliana Nonato, que previa a desativação do lixão.

No ano passado a empresa responsável por levar o lixo até o aterro era a Kurica Ambiental, e segundo a denúncia, desde o final do ano passado ela não estaria transportando lixo. A empresa recebia em média R$ 6 mil por dia, total de R$ 180 mensais pelo serviço.

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Em visita ao lixão é possível perceber uma grande quantidade de lixo acumulado. Há quatro conteiners, que estão cheios, segundo os catadores de recicláveis que ficam lá. Os trabalhadores não quiseram responder quando questionados sobre o transporte do lixo e aterramento, por medo de serem impedidos de continuar trabalhando no local. “´Não vou falar nada, depois eles vem e tira nós daqui. É só você ir mais ali na frente que já vai poder ver o que está acontecendo”, disse um dos trabalhadores.

Outro catador de reciclável que estava no local na manhã de quarta-feira (6) disse que viu algumas máquinas da Prefeitura, mas não sabe o serviço que foi realizado.

Na manhã desta quarta-feira o secretário de Obras, Tulio Neles Brink Botelho, informou que o transporte do lixo até o aterro sanitário está sendo realizado, porém o contrato com a Kurica sofreu alterações e por conta disso o lixo tem sido levado menos vezes na semana, no máximo duas, o que antes ocorria todo dia.

Já com relação a máquina no local, ele disse que ela é utilizada para juntar o lixo e não para aterrar, já que o acúmulo tem sido maior. O secretário não soube informar o novo valor do contrato com a Kurica Ambiental.

De acordo com a empresa Kurica Ambiental, o serviço do transporte está suspenso devido a falta de pagamento. No dia 18 de janeiro a Prefeitura foi notificada de que no outro dia o lixo não seria mais levado. Há notas com mais de 90 dias de atraso. Até o momento, segundo a empresa, não há previsão de quando a situação será resolvida. Esta não é a primeira paralisação por falta de pagamento.

Segundo a empresa, a justificativa é de que a Prefeitura não tem recursos para quitar o débito.

O lixão era utilizado para transbordo e como há acúmulo de material no antigo espaço tem sido constantes as queimadas, como a fumaça é tóxica incomoda quem reside próximo e também quem trabalha no local.

A Prefeitura Municipal por meio da Secretaria de Meio Ambiente tentou aplicar a coleta de lixo seletivo, entretanto não houve sucesso e, por conta disso a fumaça é escura e durante a queimada ocorre bastantes explosões, segundo os catadores de recicláveis, os estouros são provenientes das latinhas de desodorante.

 

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