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Paranaíba, 18 de abril

Mãe se desespera ao flagrar filha de seis anos dançando funk nua com amigos

Ao som de músicas de cunho sexual e letras pornográficas que tocavam no som alto da casa do vizinho, a criança dançava nua no quarto com mais três crianças . A mulher afirma que vai buscar orientação no MP

Por Leonardo Guimarães
26/10/2017 • 21h27
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Uma mulher de 47 anos entrou em desespero ao flagrar sua filha de seis anos dançando funk nua com outras três crianças, de oito, sete e seis anos, no quarto da sua residência, no bairro de Lourdes em Paranaíba (MS). De acordo com a mãe, que pediu para ter sua identidade preservada em razão da criança, elas dançavam ao som da música que vinha da casa do vizinho.

Em conversa com o JPNEWS a mulher relatou que convive há tempos com o som alto e as músicas pornográficas, praticamente relatos sexuais vindas da casa do vizinho, e ao entrar no quarto da criança enquanto limpava a casa se deparou com a cena. “Todo dia o vizinho ouve músicas pornográficas em som alto aqui na vizinhança. Quando digo pornográfica, é pornográfica mesmo. São palavrões e sexo, além de músicas que falam de droga. Fico indignada, pois tenho uma filha de seis anos, e o som parece que é dentro da minha casa. E foi assim que vi a cena. Minha filha tem costume de brincar com as amiguinhas em casa, e enquanto eu lavava roupa ela estava no quarto, o som do vizinho tocava uma dessa musicas pornográficas, e quando entrei no quanto para pegar a roupa de cama para lavar, lá estava minha filha nua rebolando com os amiguinhos”, contou.

Sobre a reação ao se deparar com a situação, a mulher relatou uma mistura de sentimentos. “Eu chamei atenção, coloquei roupa nela e pedi para que os coleguinhas dela fossem embora. No momento eu comecei a chorar sem entender o que estava acontecendo. Depois me bateu uma revolta por saber que aquilo era influência das músicas que estamos acostumados a ouvir todo dia sem querer, através do som do vizinho e que eu nunca havia permitido que aquele tipo de música tocasse dentro da nossa casa.”, disse.

A mãe conta que a conversa com a filha foi logo em seguida do ocorrido. “Engoli o choro e sentei com minha filha na cama. Perguntei o que ela andava fazendo na escola, na casa dos amigos. Tentei explicar que aquele tipo de coisa não está certo. Que ela tem que brincar, estudar e jamais gostar daquele tipo de música ou voltar a fazer aquilo. Eu ainda fico mal ao lembrar que hoje não podemos mais nem educar nossos filhos, pois essas músicas estão em todos os lugares”, relatou a dona de casa.

Perguntada se ela já havia conversado com o vizinho sobre o incômodo em relação ao som alto e as músicas, ela respondeu que sim, mas não adiantou, e que pretende buscar ajuda no Ministério Público. “Já falei, já pedi, mas não adiantou. Eles se reúnem para fumar cigarro e narguilé e então colocam essas músicas. Em algumas vezes ‘varam’ a madrugada dançando e fumando. E são só músicas pornográficas, que descrevem atos sexuais. Vou buscar ajuda no Conselho Tutelar e no Ministério Público”, afirmou.

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