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Paranaíba, 25 de abril

'Milagre', diz delegada sobre mulher ter sobrevivido a tortura e tentativa de assassinato cometida por ex

Agressor foi preso escondido atrás da porta de sua residência, enquanto vítima com rosto parcialmente desfigurado era atentida em hospital

Por Talita Matsushita e Leonardo Guimarães
16/04/2019 • 13h40
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A jovem que teve o rosto parcialmente desfigurado após ser espancada pelo ex-namorado em uma tentativa de assassinato - feminicídio - foi torturada durante quatro horas antes de conseguir sair das mãos do agressor, um homem de 28 anos, reincidente no crime de violência doméstica, informou a delegada Eva Maira Cogo, em entrevista ao Jornal do Povo, da Rádio Cultura FM Paranaíba 106,3. A delegada afirmou que foi um “milagre” a jovem ter sobrevivido ao crime e que a todo momento ela afirma ter certeza de que morreria.

Carlos Eduardo Machado invadiu a casa da jovem por volta das 2h de sábado (13), mantendo a vítima em seu domínio até às 6h. A vítima foi levada à Santa Casa com ajuda da mãe do agressor. Após horas de espancamento que deixaram marcas de sangue nas maçanetas e paredes da residência, a jovem conseguiu convencer o agressor a irem para a casa da sua mãe, afirmando que não contaria nada a ninguém sobre o ocorrido. Ao chegar ao local com o rosto desfigurado e ensanguentado, a ex-sogra prestou socorro imediato à jovem levando-a ao hospital, onde acionaram a Polícia Civil.

Sem oferecer resistência, o agressor foi preso em flagrante escondido atrás da porta em sua residência nos altos da avenida Três Lagoas. A tortura e a tentativa de homicídio ocorreram na residência da vítima, na COHAB Santa Rita de Cássia, em Paranaíba (MS). Carlos, que já foi preso em flagrante pela mesma delegada em outra situação de agressão a mulher e já foi condenado pela Justiça, teve sua prisão preventiva decretada e deve ser transferido para o presídio local onde, provavelmente, permanecerá em uma ala destinada a estupradores. Presos por estupro e violência doméstica são separados dos demais por conta da revolta que estes crimes geram até entre os próprios detentos. Ouça a íntegra da entrevista com a delegada:

 

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