RÁDIOS
Paranaíba, 25 de abril

Militar que matou esposa e o amante dela diz estar arrependido

Dois foram mortos a tiros após a esposa de Fernando enviar cópias de conversas entre os amantes ao policial

Por Talita Matsushita
11/10/2019 • 11h00
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Após ficar mais de dois anos sem registrar casos de feminicídio, Paranaíba foi destaque nacional no dia 5 deste mês após o policial militar ambiental Lúcio Roberto Queiroz Silva, de 36 anos, matar a esposa Regianni Araújo, de 32 anos, e Fernando Henrique Freitas, 31, ao descobrir que eles tinham um caso extraconjugal.

Os dois foram mortos a tiros após a esposa de Fernando enviar cópias de conversas entre os amantes ao policial. Lúcio ficou três dias foragido, na zona rural.   

Em depoimento, ele disse à delegada Eva Maira Cogo  que foi à casa da sogra de Fernando Enrique para “tirar satisfação”. Disse também que está arrependido.

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Depois do depoimento que durou três horas, ele foi levado para o presídio militar de Campo Grande, na terça-feira.
Lúcio disse que Fernando tentou agredi-lo durante a conversa. “Temos testemunhas e imagens de câmaras de segurança que mostram que ele desce do carro com a arma em punho e”, disse a delegada.

Na discussão, Lúcio teria exigido o celular onde estariam as mensagens originais com Regianni. Em seguida, o corretor é assassinado. “Esta é a versão apurada até agora”, acrescentou Eva Maira.

Depois, Lúcio fez duas ligações pelo telefone pessoal e foi para a casa dos pais, onde estaria Regianni e um dos filhos do casal. O pai dele tentou impedir que ele atirasse três vezes na mulher.

“O filho do casal estava na sala e viu o pai chegar com a arma em punho”, frisou. O policial foge em seguida.

PRINTS

Com relação a participação da viúva de Fernando, que teria mandando as cópias de mensagens entre seu esposo e Regianni, a delegada explicou que ela já foi ouvida, e apresentou os prints que teria enviado a Lúcio. “A princípio não há participação dela com a finalidade da morte destas vítimas, o que há é que ela descobre a traição e indignada encaminha para o autor dos crimes. Ela fala para ele então que o casamento acabou e ele teria dito no telefone que o dele também teria acabado”, frisou a delegada.

Defesa

De acordo com o advogado responsável pela defesa do policial, José Roberto Rodrigues da Rosa, seu cliente disse que foi informado da traição de forma rápida e sorrateira, o que teria levado ele a perder a cabeça. “Uma esposa que ele amava. Mãe do filho dele e infelizmente acabou resultando nisso. Ele foi instigado nesta situação e foi surpreendido pelas mensagens de traição. Isso pegou realmente ele de surpresa”, justificou.

O advogado ainda ressaltou que não pode divulgar mais detalhes para não atrapalhar a investigação.

O trabalho da defesa será no sentido de monitorar e acompanhar os depoimentos, no momento não será pedida a liberdade de Lúcio, pois José Roberto disse entender que a prisão serve para investigação, e depois de 30 dias e se a prisão virar preventiva e a delegada concluir os autos do inquérito, será verificada qual a linha posterior. “Tudo vai depender do que a investigação levar para os autos”, afirmou.

 

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