RÁDIOS
Paranaíba, 18 de abril

Mulher morta por policial não expunha problemas conjugais para família

Familiares contam que Regianni dizia que o relacionamento estava desgastado

Por Talita Matsushita
07/10/2019 • 14h14
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A família de Regianni Araújo, 32 anos, morta a tiros pelo marido, policial militar ambiental, Lucio Roberto Queiroz Silva, 36 anos, na noite de sábado (5) ainda tenta entender o motivo da morte da mulher. Familiares contam que Regianni era reservada e não expunha os problemas conjugais, apenas dizia que o relacionamento estava desgastado.

A mãe, ainda em choque com o crime que abalou Paranaíba, contou que viu a filha pela última vez na sexta-feira (4), quando ela foi almoçar em sua casa, como de costume. No sábado Regianni teria ido fazer as unhas e em seguida foi para a casa dos sogros, onde participava de um churrasco.  Já a filha mais velha de Regianni, uma garota de 15 anos, viu a mãe no sábado pela manhã e mais tarde trocou mensagens com ela.

Regianni gostava de pedalar e fazia parte de um grupo de praticantes do ciclismo, no qual Fernando Henrique Freitas, 31 anos, também morto a tiros por Lucio, fazia parte. Nos últimos dias Regianni havia trocado a prática do ciclismo pela academia, devido ao forte calor, segundo pessoas próximas.

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A família ainda abalada preferiu não comentar o caso, até porque, eles sabem apenas o que tem sido divulgado e dizem não ter conhecimento de um caso extraconjugal. A família de Fernando também não quis falar sobre o ocorrido, a sogra de Fernando disse apenas que tem sido um momento muito difícil.

A mulher de Fernando tem sido apontada como a pivô do crime, pois teria sido ela que mandou prints de mensagens e ligou para Lúcio, contando sobre um possível relacionamento extraconjugal entre o marido dela, e Regianni.

Conforme pessoas próximas a família, Lúcio questionou a esposa sobre o assunto, teria procurado mensagens no celular dela e não encontrou, ela também teria negado o fato. Mesmo assim, o policial foi até a casa da sogra de Fernando, onde estava além do corretor, a esposa, a filha deles de um ano de idade e a sua sogra.

Com a arma em punho, Lúcio desceu do carro e se deparou com a mulher de Fernando e a mãe dela com a criança de 1 ano no portão. Ele perguntou onde estava a vítima. Elas, então, abriram o portão. A vítima dormia no sofá quando foi acordada com um chute, interrogada a respeito da traição e em seguida ferida com cinco vezes.

Lúcio dizia: “Você está conversando com a minha mulher”? Nervoso, mandou que a vítima entregasse o celular desbloqueado para verificar o conteúdo das mensagens trocadas pelos dois. Fernando, então, se levantou e foi atingido a tiros. Ele ainda tentou fugir para um dos quartos, mas mesmo assim foi morto.

Após isso, minutos depois o policial voltou para a residência dos pais. Lá, ele encontrou a esposa também no sofá e a matou com três tiros. O filho do casal estava em um quarto e ao ouvir o disparo foi até a sala e viu a mãe sendo morta. O pai de Lucio estava na casa e tentou desarmá-lo, mas não conseguiu.

Lúcio deixou a arma no imóvel e fugiu no carro do pai. Até o momento não foi encontrado.

A Polícia disse não ter confirmado a hipótese de Lúcio ter recebido possíveis prints de conversas entre Regianni e Fernando. O policial responde por feminicídio e por homicídio qualificado por motivo fútil e que dificultou a defesa da vítima.

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