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Paranaíba, 26 de abril

'Nem porco se carrega assim', diz mulher sobre transporte de pacientes

A mulher pretende fazer uma denúncia no Ministério Público local para que o órgão tenha conhecimento da forma que o transporte vem sendo realizado

Por Lucas dos Anjos
04/04/2018 • 14h15
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A paranaibense Elen Cristina Freitas, 32 anos, denunciou através de um vídeo publicado em seu facebook a forma que os pacientes da rede pública de saúde de Paranaíba (MS) são transportados até Três Lagoas (MS), para realizarem tratamento de câncer. Ela denunciará a forma do transporte no Ministério Público local.

Segundo Elen, a viagem foi extremamente tensa, pois além dela e o pai, um homem de 57 anos, irem sentados na maca, não tinha cinto de segurança e o motorista andou em velocidade alta com o veículo durante o percurso. “Ele [motorista] abriu a traseira da ambulância e disse pra gente entrar. Fomos em quatro pessoas atrás e uma na frente, e para sentar tem um banquinho e a maca. Eu e meu pai fomos na maca, mas não tinha nem cinto de segurança e outra coisa que me deu medo foi um cilindro de oxigênio que estava amarrado com apenas uma fita”, contou ela indignada.

A mulher, que viajou pela primeira vez na ambulância, contou ainda que o motorista disse que caberia mais uma pessoa, ou seja, seis passageiros na parte de trás.

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“Cabem seis pessoas em uma ambulância que foi feita para carregar paciente deitado e no máximo com dois acompanhantes, nem apoio de mão para segurar tem, foi à viagem inteira balançando, batendo a cabeça, porque o motorista corre demais, além de não fazer nenhuma parada”, explicou.

Elen conta que o pai realizava o trajeto há cerca de seis meses, pois estava com suspeita de câncer, mas ela nunca tinha ido com ele para Três Lagoas e se espantou com a forma que os usuários estavam sendo tratados.

“Meu pai estava rodando a meses daquele jeito, ele me contou que apenas certa vez que eles foram em outro carro. Na viagem estava um idoso com a gente, ele viajou sozinho porque a esposa dele não pode fazer o percurso, por conta das más condições”, afirmou Elen.

Para ela a população precisa abrir o olho e cobrar os seus direitos, pois o transporte não é um favor realizado pelo poder executivo, mas sim uma obrigação.

A reportagem entrou em contato com a secretária de Saúde, Débora Queiroz, ela estava saindo para uma viagem oficial, mas atenderá ainda esta semana para esclarecer o caso.

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