RÁDIOS
Paranaíba, 27 de abril

Paranaibenses diminuem consumo com alta no preço do feijão

O maior produtor de feijão do país teve problemas no começo, no meio e no fim da plantação

Por Talita Matsushita
20/02/2019 • 16h09
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O preço do feijão aumentou, na média do Brasil todo, 33% desde o começo do ano. Em Paranaíba, em alguns supermercados, o preço de um quilo de feijão chega a ser igual ou maior ao do pacote de cinco quilos de arroz. Um quilo do grão pode ser encontrado a R$ 8 em um supermercado, sendo que em outro a mesma marca é encontrada a R$ 14.

A causa desse aumento de preços está no campo. No Paraná, onde um quarto do feijão nacional é produzido, a safra foi complicada. O maior produtor de feijão do país teve problemas no começo, no meio e no fim da plantação. Na época do plantio, em fevereiro, a chuva castigou as lavouras.

Em conversa com o JPNEWS, Paulo Sérgio Ferreira, motorista, disse que sentiu esta alta e mudou hábitos em sua casa, um deles foi diminuir o consumo, que antes era de quatro quilos mensais e em fevereiro foi de somente dois quilos.

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“Está impossível pagar quase R$ 12 no quilo do feijão. Meu filho gosta muito, mas a gente substitui por outra coisa, faz um macarrão, ou um quibebe para poder molhar o arroz”, disse.

Élida Rosana Rodrigues de Almeida, comerciante, também sentiu a alta no preço, porém ainda não repassou para sua freguesia. “Infelizmente não tem como eu mudar e não posso substituir, porque eu faço feijão tropeiro, o que eu posso é deixar de servir, mas prezo sempre pela qualidade”, observou.

Aparecido Ribeiro de Jesus, gerente de fazenda, além de diminuir o consumo, usa uma velha tática para fazer o prato render. “Subiu muito, de R$ 4 foi pra R$ 9, compensa comprar carne, eu não compensa comprar”, disse.

Em casa a família reclama, mas para ele não tem outra saída a não ser comprar menos ou colocar mais água no feijão.

Cícero Augusto da Silva, gerente de um supermercado, diz que desde o início deste mês tem sentido a alta no preço do feijão e ficou difícil não repassar para o consumidor. “Desde meados de fevereiro sentimos uma alta significativa. Nossos fornecedores justificam que poucos produtores plantaram feijão, então tem muita procura e pouca oferta”, explicou.

Segundo ele, os cliente têm diminuído o consumo e percebe que muitos deles fazem a substituição do feijão por outros produtos.

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