RÁDIOS
Paranaíba, 18 de abril

Pescadores são presos com 6 km de rede e 450 kg de pescado

Maior apreensão de redes em uma única operação, com 6.000 metros destes petrecho

Por Talita Matsushita
22/06/2020 • 16h41
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A Polícia Militar Ambiental de Aparecida do Taboado recebeu denúncias de pesca predatória no rio Barreiro, no município de Paranaíba, em que os denunciantes afirmavam que, apesar das equipes estarem sempre retirando redes deste rio, os pescadores monitoravam a fiscalização e, por este motivo, dificilmente os policiais conseguiam prender os infratores.

O comando colocou o setor de inteligência para monitorar os pescadores e horários de pesca e equipes da PMA de Aparecida do Taboado realizaram uma operação iniciada no dia 17 e encerrada no sábado (20) às 10h, percorrendo toda a extensão do rio objeto da denúncia e com viatura por terra, com o intuito de capturar pessoas que fugissem da PMA pelas estradas.

Durante a fiscalização, os policiais prenderam na sexta-feira (19), sendo o flagrante concluído pela madrugada de sábado (20), seis pescadores por pescarem com redes de pesca e fisgas (petrechos proibidos), realizando a maior apreensão de redes em uma única operação, com 6.000 metros destes petrechos apreendidos, além de quase meia tonelada de pescado, entre peixes capturados pelos pescadores, mortos e putrefados e soltos no rio por estarem ainda vivos nas redes.

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Prisões

Um comerciante (39) e um montador de móveis (40), residentes em Paranaíba, foram presos, quando foram surpreendidos em uma embarcação pescando com fisga (petrecho proibido). Com eles foram apreendidos 34 kg de pescado, uma fisga de cinco pontas utilizada na captura do pescado, um barco e um motor de popa com tanque. Os infratores foram autuados administrativamente e multados em valor total de R$ 2.480.

Outro comerciante (53) e um pedreiro (37), também residentes em Paranaíba, foram presos em flagrante pescando com redes de pesca e fisga (petrechos proibidos). Com eles foram apreendidas duas redes de pesca, um arbalete de pesca subaquática com uma flecha e uma fisga de cinco pontas, além de 32 kg de pescado, um barco e um motor de popa com tanque. Os infratores foram autuados administrativamente e multados em valor total de R$ 2.080.


Bem próximo ao local da prisão anterior, mais três pescadores, residentes em Aparecida do Taboado, foram abordados, quando estavam em uma embarcação pescando com fisga e redes de pesca. Como seriam muitos conduzidos (sete), à noite e não havia sinal de celular, um dos policiais precisou se deslocar até a sede de uma fazenda próxima, para pedir apoio à equipe que estava por terra com a viatura, para ajudar na condução.

No momento em que saiu o PMA, um homem fez menção de pegar algo na embarcação e foi advertido pelos dois policiais em vigilância. Logo em seguida, o infrator pulou rapidamente do barco atracado e empreendeu fuga. No local foram apreendidos 90 kg de pescado, duas redes, uma fisga, um barco e um motor de popa com tanque, além de 31 munições intactas e 22 deflagradas calibre 22.

Possivelmente as munições ilegais tenha sido o motivo da fuga do infrator, que deveria já ter se livrado da arma. Os homens afirmaram ter encontrado as munições no barranco do rio. Os dois infratores presos foram autuados administrativamente e multados em valor total de R$ 3.600. Segundo os denunciantes, um desses infratores presos era conhecido por se vangloriar de sempre escapar da PMA.

Ao chegar apoio da guarnição da PMA que estava na viatura, os seis presos foram conduzidos à delegacia de Polícia Civil de Paranaíba, juntamente com o material apreendido e foram autuados em flagrante por crime ambiental de pesca predatória, com pena prevista de um a três anos de detenção. Quatro deles saíram depois de pagamento de fiança, porém, os dois que estavam com a munição não tiveram fiança arbitrada em razão das penas somadas da pesca predatória e posse de munição ilegal, este crime cuja a pena é de um a três anos de detenção e continuam presos.

Além do uso dos petrechos ilegais, todos os pescadores haviam capturado pescado acima da cota permitida, que é de um peixe nativo e até cinco exemplares de peixes da espécie piranha, esta espécie que não foi apreendida, fato também tipificado como crime. O fugitivo foi identificado e também responderá pelos mesmos crimes e será multado no mesmo valor dos dois presos que com ele estavam (R$ 1.800,00).

Contando com as redes apreendidas com os pescadores e retiradas do rio, foram apreendidas em torno de 120 redes de pesca, várias emendadas, medindo aproximadamente 6.000 metros, além de cortados 78 anzóis de galho. Muitas dessas redes foram apreendidas nas proximidades de onde os pescadores foram presos e, possivelmente lhes pertencessem, porém, os infratores negaram serem donos dos petrechos.

Ao todo, foram retirados aproximadamente 100 kg de peixes podres das redes, 90 kg mortos, mas que poderiam ser aproveitados e 104 kg estavam vivos e foram soltos no rio. O pescado possível de consumo, pesando 246 kg foi doado para instituições filantrópicas.

 

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