Para o professor, que se diz otimista, é preciso para de piorar, tanto os índices como a indisciplin - Agência BrasilNo dia 15 de outubro é celebrado o Dia dos Professores e em tempos considerados modernos, é corriqueiro encontrar relatos de professores que choram as mazelas da profissão, entre elas o desrespeito dos alunos em sala de aula. Com 25 anos de magistério, o professor Antônio Marcos Ferreira da Silva falou, no Jornal do Povo, que vai ao Ar na Cultura FM Paranaíba 106.3Mhz, sobre os desafios de educar.
O professor relata que quando ingressou na profissão os alunos respeitavam, e atualmente tem havido inversão de valores , onde até mesmo os pais tem agredido, tanto verbal, como fisicamente os mestres. “Hoje a briga do professor não é tanto econômica, mas o respeito e a valorização; na China por exemplo o imperador se curva diante do professor”, destacou.
Entre os desafios, Antonio Marcos destaca a participação da família no processo educacional, pois os pais muitas vezes são omissos com relação ao comportamento dos filhos. “Temos muito a comemorar, não é por que estamos vivendo esta crise de autoridade, não só com professores, mas com pessoas mais velhas, e até a Polícia, que não devemos comemorar. Minha homenagem seria a reflexão de que não adianta mandar flozinha em grupos de mensagens”, disse.
Hoje, conforme o professor, se perde muito tempo tentando gerenciar a sala e relata que na rede pública nunca conseguiu cumprir o planejamento. “A indisciplina é inimiga do professor e a prática deixa de ser prazerosa, tem muito professor colega deixando a carreira por conta disso, pelo sofrimento e agonia de não ter este retorno”, avaliou.
Para o professor, que se diz otimista, é preciso para de piorar, tanto os índices como a indisciplina; e hoje a sociedade não valoriza a educação e isso leva ao fracasso. “A família tem que assumir as rédeas. Tem que corrigir, tem pais que não conseguem controlar o filho e querem que façamos isso em sala de aula”, afirmou.
