RÁDIOS
Paranaíba, 20 de abril

Regianni buscou informação sobre separação com advogada

Vítima revelou negativa de PM e preocupação com futura guarda do filho

Por Leonardo Guimarães
08/10/2019 • 13h35
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Regianni Araújo, morta pelo marido, o policial militar ambiental, Lúcio Roberto Queiroz, havia procurado orientação jurídica sobre uma possível separação. A informação foi apurada pelo JPNEWS, ao ouvir uma estudante de direito que preferiu não se identificar. A acadêmica é amiga da advogada que foi procurada por Regienni. Por questão de segurança, o nome da advogada também será preservado. Regianni questionou a profissional sobre como iniciar o processo de separação, afirmando que a relação estava desgastada.

Ainda de acordo com informações de outras pessoas próximas da vítima, Regianni afirmou que já havia proposto separação ao policial, mas ele não admitia a hipótese. A amigos, ela teria manifestado preocupação sobre a guarda do filho. Após um tempo, Regianni não teria mais tocado no assunto. Ao JPNEWS, familiares relataram que Regianni era reservada, não comentava problemas conjugais, mas havia afirmado que a relação não estava bem.

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O advogado contratado para fazer a defesa do policial militar ambiental, Lúcio Roberto Queiroz, está a caminho de Paranaíba para uma possível apresentação do PM às autoridades ainda na manhã desta terça-feira (8). O criminalista José Roberto da Rosa foi constituído para fazer a defesa do assassino da esposa, Regianni Araújo, e do corretor imóveis Fernando Henrique Freitas. Advogados também estão na Delegacia de Polícia Civil de Paranaíba (MS), para acompanhar os pais de Lúcio.

A Comarca de Justiça de Paranaíba (MS) determinou a prisão imediata do policial militar ambiental, Lúcio Roberto Queiroz, na manhã de segunda-feira (7). O pedido foi feito pela delegada Eva Maira cogo, titular da Delegacia de Atendimento a Mulher (DAM).

De acordo com a delegada, testemunhas já foram ouvidas e afirmaram que estão com medo. Nenhum detalhe dos depoimentos será revelado para não atrapalhar nas investigações. Lúcio executou a tiros a esposa, Regianni Araújo, e o correto de imóveis, Fernando Henrique Freitas, na noite de sábado (5). O filho do casal, uma criança de 6 anos, presenciou o crime.

O caso

Um duplo homicídio motivado por ciúmes e uma suposta traição conjugal mobilizou policiais militares e chocou a população de Paranaíba. Lúcio Roberto Queiroz Silva, 36 anos, policial militar ambiental, assassinou a tiros a esposa Regienni Araújo, 32 anos, e o suposto amante, o corretor de imóveis Fernando Enrique Freitas, 31 anos, após descobrir o suposto relacionamento extra-conjugal da companheira.

De acordo com informações da Polícia Militar, Lúcio teria recebido em seu aparelho celular cópias de mensagens que teriam sido trocadas por Regianni e o corretor. O policial teria vasculhado o celular da esposa e, ao não encontrar vestígios das mensagens, teria saído de casa à procura de Fernando Enrique.

O corretor - que também era casado - foi encontrado por ele na casa da sogra, próximo ao Centro de Eventos Carnaíba, na avenida Major Francisco Faustino Dias.

O policial teria disparado um tiro no peito de Fernando. Na tentativa de fuga, ele também foi ferido nas costas. Lúcio seguiu de lá para a casa de seus pais, onde estava a mulher, que também foi assassinada. Um filho do casal teria presenciado o crime. 

Lúcio fugiu do local e é procurado pela Polícia Militar.

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