RÁDIOS
Três Lagoas, 26 de abril

‘Podemos romper a hegenomia do PMDB na cidade’

O deputado federal Dagoberto Nogueira afirma que o PDT vai disputar as eleições municipais com chapa “bastante” completa,

Por Valdecir Cremon
23/01/2016 • 11h28
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Com o discurso de que “é preciso acreditar no novo” e frisando que seu partido possui “o candidato ideal” para Três Lagoas, o deputado federal Dagoberto Nogueira afirma que o PDT vai disputar as eleições municipais com chapa “bastante” completa, ao menos com candidato próprio a prefeito e com número indicado pela Justiça Eleitoral para disputa das vagas da Câmara. A confiança do parlamentar leva em conta um “desejo” da população por mudança e, ainda, na quebra de um ciclo de 20 anos de predomínio peemedebista no comando do Poder Executivo.

Jornal do Povo - Como o PDT está se preparando para as eleições deste ano na Região da Costa Leste de Mato Grosso do Sul?
Dagoberto Nogueira - Nosso partido tem projeto para lançar candidaturas próprias de quarenta a cinquenta por cento das cidades do Estado. Dos 79 municípios, teremos candidaturas de pedetistas em pelo menos 5 cidades. 

JP - Isto inclui Três Lagoas? 
Dagoberto - Sim. Três Lagoas é uma cidade estratégica no Estado,muito importante em termos de industrialização, em formação acadêmica e na prestação de serviços, além de ser um município muito forte na divisa com outros Estados. Além disso, a cidade necessita, hoje, de um novo rumo para seu comando político. 

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JP - O projeto do PDT inclui quebrar a hegemonia do PMDB na cidade?
Dagoberto - Quebrar a hegemonia pode ser traduzida em atender uma vontade popular. Temos este interesse sim, mas não é só isso. Três Lagoas precisa da candidatura de um nome novo, de alguém como nosso candidato, o [Rogerson] Rímoli, que é um empresário bem-sucedido, filho de família sólida, nascido em Três Lagoas, e que sabe exatamente como é nosso modelo de governo. É assim que faremos campanha. É esta a mensagem que o povo de Três Lagoas está esperando dos candidatos desta campanha.

JP - E pode ser entendido como a “hora de trocar” de governo...
Dagoberto - Perfeitamente é a hora de trocar o comando do governo municipal de Três Lagoas porque o povo está cansado de um partido apenas. Está provado por diversos exemplos que isto não é o ideal para o desenvolvimento de uma cidade. Ainda mais em Três Lagoas, onde é necessário haver alguém que tenha conhecimento empresarial, como é o caso do Rímoli. O povo sabe disso. 

JP - Quando o sr. fala do candidato novo, sem uma vida política, não está indo contra sua pregação como político?
Dagoberto - É preciso reconhecer as necessidades de cada momento e de cada situação. Também devemos levar em conta o grande número de escândalos que tem ocorrido e quanto a classe política tem se envolvido. Tem havido uma grande depreciação da política. E ainda, Três Lagoas e outras cidades de Mato Grosso do Sul necessitam de ser administradas por prefeitos que tenham conhecimento de administração da inciativa privada, porque vão administrar uma empresa pública, com a obrigação exatamente idêntica de dar resultado positivo. Em Três Lagoas queremos que o nosso candidato a prefeito mostre isso, em campanha, à população. No caso do Rímoli não será nenhuma tarefa difícil de ser executada.

JP - O PDT pretende lançar chapa completa ou fazer coligações?
Dagoberto - Vamos analisar todas as possibilidades. Há a necessidade de que o programa do PDT seja assumido pelo partido que se coligar. Acho, porém, que ainda é cedo para definições. Temos conversado com vários partidos, buscando ouvir todas as pessoas e considerando todo o desejo de disputar a eleição com um bom plano de governo.
JP - O PMDB, apesar de sua posição, seria um bom partido para coligação, já que domina o governo por duas décadas?
Dagoberto - Não sei quem seria candidato pelo PMDB hoje. Mas, não acredito que seja a primeira alternativa para uma coligação. O grupo que atua com o Rímoli está cuidando disso, da mesma forma que o vereador Nilo [Cândido] está se esforçando para compor toda a chapa de vereadores. 

JP - E com o PSDB, é possível fechar coligação?
Dagoberto - O candidato do PSDB é aquele deputado, o Ângelo, né? Sei que ele tem trabalhado bastante na Assembleia Legislativa e que tem um mandato concedido pelo povo para cumprir. Acho que ele deve continuar trabalhando como deputado, na Assembleia, para onde ele foi eleito.

JP - Com relação ao governo federal, o sr. mantém posição de votar contra um possível impeachment da presidente Dilma?
Dagoberto - Sim, continuo contra o impeachment porque não está provado que há irregularidade no governo. Para haver um impeachment é preciso que uma irregularidade seja provada e comprovada. Não é o caso. Tudo o que foi dito até agora tem apenas característica político-partidária. E, por este caminho, não haverá aprovação do impeachment.

JP - O seu partido, sua bancada continuam na base do governo?
Dagoberto - Continuamos votando com o governo no que o governo agir corretamente. Não temos compromisso de votar sempre com o governo, e podemos votar contra, como fizemos em outras oportunidades. 

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