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Agepen recebe equipamentos para unidades prisionais

Os aparelhos devem armazenar, além de dados pessoais, características biométricas de cada indivíduo integrante da população carcerária

Por Redação
23/01/2009 • 14h32
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O governo do Estado realizou hoje (23) a entrega de 74 novos computadores para 42 unidades do sistema penitenciário. Adquiridos com recursos federais, os equipamentos serão usados para alimentar a base de dados do novo sistema de informações penitenciárias (Infopen). Os dados que até agora eram estatísticos passam a ser mais detalhados.

Os aparelhos devem armazenar, além de dados pessoais, características biométricas de cada indivíduo integrante da população carcerária, com registro dos crimes cometidos, penas aplicadas, reincidência, entre outros que possam gerar um diagnóstico preciso da realidade dos presídios estaduais. O sistema é interligado nacionalmente e permite a verificação do sistema brasileiro como um todo.

Luís Alberto Ojeda, diretor em exercício da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), garante que o trabalho fica mais eficiente pois, a radiografia da realidade carcerária vai permitir planejamento estratégico para superar as dificuldades registradas. “Isolar presos de alta periculosidade, criar novos mecanismos de segurança dentro dos presídios, é um dos meios que poderão ser aplicados para melhorar os serviços prestados,” afirma.

 As unidades penitenciárias também receberam novos detectores de metais, para agilizar e ampliar a qualidade da fiscalização de todos os usuários da Agepen. Aparelhos modernos que podem ser usados no corpo dos visitantes e nos colchões das celas, permitindo mais rigor no controle dos objetos existentes no local.

Outra novidade é o scanner corporal que deve chegar a Mato Grosso do Sul, dentro de dois meses. O Estado é uma das seis unidades da federação que ganhou o aparelho adquirido pelo Ministério da Justiça. O equipamento tem alcance social porque evita o constrangimento já que respeita a pessoa, pois permite a revista computadorizada, sem necessidade de tocar os visitantes.

De acordo com o superintendente de políticas penitenciárias da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Aloysio Franco de Oliveira, o aparelho que deve chegar em março, é tão moderno que só é usado no metrô de Londres e nas prisões inglesas e alemãs. O scanner será instalado na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande.

Para Marileine Reis, oficial responsável pelo Infopen, a partir de agora a comunicação dentro do sistema penitenciário fica mais abrangente porque a troca de informações vai facilitar a checagem de dados. Ela afirma ainda que, até o final do ano, chegarão equipamentos de identificação digital para cadastrar não somente os presos mas, advogados, familiares dos detentos e até servidores de cada unidade.

A solenidade de entrega dos novos equipamentos aconteceu de manhã, no auditório da Escola Penitenciária. Cerca de 80 pessoas participaram do evento. Entre elas, os diretores dos presídios do interior e da capital.

 

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