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Brutal: Enteado mata padrasto com cavadeira

Autor do homicídio, com requintes de brutalidade, tomava remédios controlados e não se arrepende

Por Redação
21/01/2009 • 06h02
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André Luiz da Silva, de 30 anos, desempregado, matou a golpes de cavadeira manual articulada o seu padrasto, o aposentado Roque de Salles Albuquerque, de 69 anos. O crime de homicídio doloso, com requinte de brutalidade, aconteceu por volta das 7h20, na residência da vítima, na casa de número 2723 da rua José Lopes Barbosa, nas proximidades da esquina com a avenida Baldomero Leituga, no Jardim Atenas.
A guarnição da Polícia Militar tomou conhecimento do crime através de populares, que ouviram os gritos de socorro, vindos da casa onde residia a vítima, casada com Devanilda Maria de Araújo, mãe do autor. Ela estava trabalhando na hora do crime e a vítima encontrava-se sozinha em sua residência.
André Luiz foi localizado e preso por uma guarnição da Rondas Táticas do Interior (Rotai), em sua própria residência, na rua A, número 2561, no Jardim das Acácias. Ele não ofereceu resistência à prisão e foi levado para a carceragem da 1ª Delegacia de Polícia Civil, onde prestou depoimentos, depois de indicar onde havia deixado a cavadeira, usada para matar a vítima, desferindo-lhe seguidos golpes na cabeça.
Segundo ainda a ser apurado na elucidação deste crime, André Luiz teria pulado o muro da casa. Quando a vítima teria percebido a presença do autor teria se trancado no quarto, mas a porta foi arrombada por André Luiz, usando um chapeleiro de madeira. Após desferir-lhe o primeiro golpe na cabeça, André Luiz arrastou o corpo da vítima para o banheiro e ali teria concluído o seu ato criminoso, matando brutalmente o padrasto com repetidos golpes na cabeça.
Após o crime, André Luiz dirigiu-se até à casa de uma de suas irmãs, que fica nas imediações, tomou banho e dirigiu-se para a sua própria casa, onde permaneceu até que foi preso.

TRATAMENTO

Assim como contou a mãe do autor, completamente transtornada com a morte brutal do marido, o seu filho, até há pelo menos três anos, era uma pessoa normal e trabalhadora. “De uns tempos para cá, ele começou a demonstrar que tinha alguns problemas na cabeça”, contou a mãe.
Por várias vezes, segundo ela, foi preciso chamar a Polícia Militar, por outras vezes o Corpo de Bombeiros, para conter a agressividade do filho, que tomava remédios controlados. “Quando lhe dava os ataques de violência, ele falava que não queria o meu casamento com o Roque, com quem eu vivia muito bem, desde agosto de 2001”, contou Devanilda Maria.
“Ele dizia que um dia o mataria”, disse a mãe do autor.
Desde maio do ano passado, André Luiz deixou de tomar os remédios, receitados por neurologistas. Com isso, “aumentou a agressividade dele, principalmente, quando se deparava com o Roque”, contou a mãe.
Por causa dessa situação de difícil convivência, Devanilda e Roque decidiram se mudar para a casa onde aconteceu o homicídio, deixando André Luiz morando sozinho na antiga casa da família. “Mesmo assim, eu ia todos os dias vê-lo, lavava e passava sua roupa e levava comida, porque continuava sendo meu filho”, contou a mãe. “Fizemos de tudo para interná-lo, mas não conseguimos. Os médicos diziam que só fariam isso se o André Luiz fosse louco e vejam o que aconteceu”, repetia a mãe, em estado de desespero e inconformada.  

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