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Delegada ouve testemunhas sobre assassinato de cozinheira em rancho

A cozinheira foi morta pelo namorado durante comemoração do Natal e é a única mulher assassinada este ano em Três Lagoas

Por Kelly Martins
31/12/2015 • 11h39
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A delegada Letícia Mobis, da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), de Três Lagoas, ouve testemunhas sobre a morte da cozinheira Maria Cristina Vila Lobos, de 33 anos, assassinada em um rancho às margens do Rio Sucuriú pelo namorado, de 28. O crime ocorreu na madrugada do dia 25 de dezembro, durante comemoração do Natal.

Ao JP News, a delegada disse que intimou algumas pessoas que estavam na festa no momento em que o casal chegou ao local em uma motocicleta. Elas foram ouvidas na delegacia nesta quarta-feira, 30, e os depoimentos devem ser retomados a partir de segunda, 4 de janeiro. O inquérito aberto pela Polícia Civil investiga o homicídio como crime passional, no entanto, ainda não há informações sobre o que teria provocado o fato.

“Sabemos que os dois foram até lá e a festa era organizada por colegas do suspeito. Algumas delas viram o momento em que o casal se afastou dos convidados e encontraram a vítima esfaqueada e caída no chão”, declarou Mobis. A cozinheira Maria Cristina e o então namorado foram até o rancho em uma motocicleta. Conforme as investigações, minutos depois, ela e o suspeito se afastaram dos convidados e, em seguida, o jovem fugiu utilizando a moto.

A vítima levou um golpe de faca no pescoço e morreu após dar entrada no Hospital Auxiliadora. A delegada ressalta que ainda não há informação sobre a motivação do crime e o suspeito continua foragido. Além das testemunhas, já foram ouvidas algumas pessoas da família da vítima e o inquérito deverá ser concluído em 30 dias.

“Já identificamos o suspeito do crime. É um jovem que trabalhava como pedreiro na cidade e que vinha se relacionando com a vítima durante dois meses”, relatou.

Dos 18 homicídios registrados pela Polícia Civil entre os meses de janeiro e dezembro deste ano, a cozinheira é a única mulher. 

Entenda o caso
Maria Cristina trabalhava como cozinheira de uma empresa terceirizada na Unidade Educacional de Internação (Unei) “Tia Aurora” de Três Lagoas. Ela deixou três filhos, sendo duas crianças, de 6 e 8 anos de idade, e uma adolescente de 15 anos. Os três estão na residência de familiares, já que a cozinheira era divorciada e morava com os filhos.

A festa no rancho foi realizada por colegas do casal e, segundo a Polícia Civil, não tinha nenhum membro da família no local. Os familiares também relataram em depoimento que não tinham contato com o suspeito. A motocicleta usada para a fuga seria do rapaz. 

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