RÁDIOS

POLÍCIA

Homem que matou ex obrigou mulher a fazer aborto

O suspeito enviou um áudio confessando que matou a ex esposa

Por Celso Daniel
25/06/2017 • 21h11
Compartilhar

Allan Cézar Santos Morais de 33 anos teria obrigado Hevellyn de Abreu Xavier de 24 anos a praticar um aborto alguns dias antes do corpo da jovem ter sido encontrado neste domingo (25) dentro de uma residência no bairro Vila Haro em Três Lagoas. O suspeito tentava reatar o relacionamento com a vítima e por vezes teria agredido a ex esposa e fez ameaças de morte, caso ela não retomasse o relacionamento com ele.

Segundo uma testemunha do caso, Hevellyn de Abreu estaria grávida de pouco mais de um mês e Allan Cezár teria comprado um remédio abortivo e obrigado a jovem a usar o medicamento que é proibido. Ela temendo pela própria, vida tomou o remédio e teria abortado o feto. Ainda segundo a testemunha, Allan Cézar disse a Hevellyn de Abreu que o remédio abortivo era caro e que ele – Allan – ainda teria que pagar uma quantia de R$100,00.

Algumas testemunhas relataram a polícia que frequentemente Allan Cézar invadia a casa da ex e agredia a vítima. Em certa oportunidade, Hevellyn  trancou a porta para tentar impedir que Allan Cézar invadisse o local, mas ele arrombou a fechadura com chutes e entrou no imóvel e exigia que a vítima ficasse com ele. A polícia teria sido chamada, mas Allan Cézar fugiu logo em seguida.

O suspeito já considerado foragido, pois Allan Cézar enviou um áudio – através de aplicativo de celular – para um amigo, contando que havia assassinado a ex mulher e pedia para o amigo avisar a mãe de Hevellyn de Abreu sobre a morte.  A mãe da vítima – que mora em Campo Grande – enviou o áudio para o atual namorado de Hevellyn que foi até a casa e juntamente com uma equipe da Rádio Patrulha da Polícia Militar, encontrou o corpo da jovem dentro de um quartos. Ela pode ter sido morta por estrangulamento.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência foi chamado e constatou o óbito. O corpo já apresentava sinais de putrefação e indicava que ela teria sido morta pelo menos 24 horas antes da polícia chegar ao local.

O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) e será investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher (DEAM) de Três Lagoas. Esse é mais um caso de homicídio com agravante de o suspeito ser ex companheiro da vítima, onde o inciso para esse caso é o feminicídio, previsto na Lei Maria da Penha.

 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.

Mais de Polícia