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Juiz denuncia facção criminosa por assassinato de policial em 2013

Dezessete suspeitos pelo crime teriam se ligado à facção criminosa para matar militares de Três Lagoas

Por Ana Cristina Santos
24/05/2016 • 07h41
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O juiz da 1ª Vara Criminal de Três Lagoas, Rodrigo Pedrini Marcos, está convencido de que 17 membros de uma facção criminosa tiveram participação na morte do policial militar da reserva, Otacílio Pereira de Oliveira, ocorrida em março de 2013, no bairro Osmar Ferreira Dutra, em Três Lagoas.

Otacílio foi morto numa emboscada por volta das 23h, quando chegava em casa, e levou quatro tiros: dois nas pernas e dois na barriga. Otacílio foi levado ao hospital, mas morreu na madrugada do dia 7 de março. O policial militar aposentado tinha 60 anos na época d sua morte e trabalhava como mototaxista.

O crime começou a ser desvendado com a prisão de um dos suspeitos, em Corumbá, em menos de uma semana. A partir desta prisão, a Polícia Civil identificou os outros envolvidos. 

O juiz incluiu todos os suspeitos por crime organizado, previsto no artigo 288 do Código Penal: "constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão”. Seis dos 17 acusados também foram pronunciados por homicídio duplamente qualificado.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, a denúncia foi proposta inicialmente? contra 19 pessoas. Dois tiveram o processo desmembrado.

O grupo teria integrado uma "organização criminosa, mediante a formação de subgrupos, com o intuito de dar cumprimento a um 'salve'" - espécie de ordem superior da facção que age em presídios em vários Estados, "oriunda de um reeducando que cumpria pena no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande", com a finalidade de assassinar policiais de Três Lagoas.

De acordo com a denúncia, seis dos acusados mataram o policial a tiros como demonstração de força da facção criminosa.

Dois dos acusados estão foragidos e nenhum dos acusados poderá responder ao processo em liberdade. A data do julgamento no plenário do Tribunal do Júri de Três Lagoas ainda não está definida.

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