Dados do Banco Central apontam que em outubro as devoluções de cheques por falta de fundos em Mato Grosso do Sul bateram recorde, envolvendo montante de R$ 184 milhões. Desde julho o rombo causado pelos cheques sem fundos vem aumentando, mas em outubro veio o maior prejuízo.
O salto em relação a setembro foi de 13,65%. São 133,1 mil lâminas devolvidas, o que equivale a dizer que o valor médio do cheque devolvido foi de R$ 1.382,00. No ano o Banco Central já registrou devolução de 1,4 milhão de folhas de cheque em Mato Grosso do Sul, que representam R$ 1,3 bilhão.
Cuidados – O presidente da CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas) de Campo Grande, Ricardo Kuninari, afirma que hoje vários lojistas que trabalham com o cheque pré-datado já utilizam de serviços de uma empresa que faz consultas e se responsabiliza pelo pagamento do cheque, cobrando para isso taxa de 3,5% a 6%.
Outros fazem eles próprios a consulta aos sistemas de crédito como SPC e Serasa. Kuninari alerta que é preciso cautela ao receber cheques pré-datados. Procurar identificar o hábito de compras do cliente e há quanto tempo ele tem conta no banco são alguns cuidados que podem ajudar.
O cartão de crédito, devido à praticidade, prazo e segurança que proporciona ao consumidor, é o meio predileto de pagamento. “Hoje o cartão representa de 70% a 90% das vendas”, diz.