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2017 é o mais violento dos últimos 5 anos em Três Lagoas

Vinte e uma pessoas foram assassinadas na cidade, entre os meses de janeiro e junho, segundo dados obtidos pelo Jornal do Povo

Por Kelly Martins
02/07/2017 • 10h38
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Em apenas seis meses, o número de homicídios em Três Lagoas chega a 21 e faz com que 2017 seja considerado o mais violento dos últimos cinco anos, conforme levantamento obtido pelo Jornal do Povo por meio das polícias Militar e Civil. A média de assassinatos na cidade, que possui 115 mil habitantes, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 3,5 por mês. Porém, junho se destaca ao registrar sete mortes e concentrar 29% do total de homicídios. Situação que deixa a população assustada e gera alerta às autoridades de segurança, que buscam alternativas para combater a criminalidade. 

Outro dado assustador é que a quantidade de assassinatos mais que dobrou se comparada com o mesmo período do ano passado, quando nove pessoas morreram. O número também é superior a todo o ano de 2016 que registrou 18 homicídios. As ocorrências apontam que em 2015 foram 16 mortes, em 2014 ocorreram 17 e, no anterior, 19.  

Levando em consideração todos os registros em Mato Grosso do Sul, que somam 165 homicídios, Três Lagoas é responsável por 12,7% deles.

A Polícia Civil revelou que a maioria dos crimes envolve jovens e homens que têm entre 20 e 40 anos, com algum tipo de relação com o tráfico de drogas ou brigas entre grupos rivais. Um dos casos é de latrocínio – roubo seguido de morte. Outra causa inserida é a motivação passional, o que resultou, por exemplo, em cinco dos sete homicídios no último mês. 

O subcomandante do 2º Batalhão da Polícia Militar de Três Lagoas, major Ênio de Souza, observa que o índice é alto e tem aumentado a cada ano. “Nós dobramos as ações de combate na região, com o efetivo na rua diariamente, mas é uma situação que fugiu do controle. Por outro lado, o número de prisões e de casos solucionados também cresceu o que reflete no trabalho de patrulhamento e das rondas ostensivas”, garantiu.

O subcomandante da PM também considera que a violência está relacionada à expansão do município, que atualmente, tem atraído milhares de pessoas por conta das ofertas de emprego oferecidas por fábricas e indústrias. 

MAPEAMENTO

Quatro dos 21 assassinatos, a Polícia Civil ainda não tem identificação dos suspeitos. Dessa forma, as investigações continuam nos inquéritos abertos, nas delegacias. O levantamento revela que no mês de janeiro ocorreu um homicídio. Já em fevereiro foram quatro e, em março, reduziu para uma ocorrência.  O mês de abril registrou três casos e em maio foram cinco. O último assassinato ocorreu no bairro Paranapungá, onde o morador José Maria da Cruz Rocha, de 34 anos, foi morto a facadas na manhã de 29 de junho. 

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